11 de abril de 2021

O Gulliver?!

Rascunhos numa tela nocturna
Desejos mais que arquitectados
Os quais eram penumbras
De encantamentos infundados.

Um Gulliver 
Sem Pigmeus
Sonhar com o pó é triste
É rascunhar em utopias.

Sua pior fantasia
É julgar-se com personalidade
Não passando de um papagaio
À noite escondendo verdades.

Quiçá fosse o contrário
Acordado enquanto dormita
Iluminaria então sua alma
Jamais assim ficaria perdida.

O desenho na mente, mente
E um Gulliver tolo, não sente
Divagando subitamente
De acto inconsequente.

Sacudindo o pó
Até que evapore-se no vento
Não tenha nenhuma dó
Sem ser prisioneiro do tempo.

Por um segundo
Tudo se derrama
Suspiros como fundo
De uma mente profana.

Precisa-se de sobriedade
Para caminhar e seguir
Não trocando a verdade
Ou consequência sem ferir. 

Rascunhos minuciosos
Por perto alguém usufruiu
História de requintes desastrosos
É para quem não a conclui.

Viver com desvios encobertos
Desorganiza qualquer alma
Fazendo desenhos incertos
Querendo na distância a calma.

by mghorta




Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...