Rascunhos numa tela nocturna
Desejos mais que arquitectados
Os quais eram penumbras
De encantamentos infundados.
Um Gulliver
Um Gulliver
Sem Pigmeus
Sonhar com o pó é triste
É rascunhar em utopias.
Sua pior fantasia
É julgar-se com personalidade
Não passando de um papagaio
À noite escondendo verdades.
Quiçá fosse o contrário
Acordado enquanto dormita
Iluminaria então sua alma
Jamais assim ficaria perdida.
O desenho na mente, mente
E um Gulliver tolo, não sente
Divagando subitamente
De acto inconsequente.
Sacudindo o pó
Até que evapore-se no vento
Não tenha nenhuma dó
Sem ser prisioneiro do tempo.
Por um segundo
Tudo se derrama
Suspiros como fundo
De uma mente profana.
Precisa-se de sobriedade
Para caminhar e seguir
Não trocando a verdade
Ou consequência sem ferir.
Rascunhos minuciosos
Por perto alguém usufruiu
História de requintes desastrosos
É para quem não a conclui.
É para quem não a conclui.
Viver com desvios encobertos
Desorganiza qualquer alma
Fazendo desenhos incertos
Querendo na distância a calma.
by mghorta
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