e perguntei ao tempo a razão de ter apagado tão sublimes palavrões de menino. Ele me respondeu discordando, que foi o vento o culpado, porque nele estavam escritos as minhas aventuras de menino, atrocidades amargas da minha puberdade e as loucuras da minha vida de adulto. Fecho os olhos e revejo tudo, abrindo de novo sem pestanejar, procuro de novo as letras de outrora, como que procurando saber a razão de todo o meu sofrimento. Mas ao ver e reler de novo, vi que ainda lá estavam os arranhados escritos, somente a minha leitura de hoje, razão do vento tem outros sentimentos. Fecho de novo os olhos, avivo os meus pensamentos e vejo, pecados de memória sã, outros de pecados atrozes, pela sala voam fantasmas recentes, anestesiados desejos cálidos, mossas no meu corpo deitado,
com pensamentos de Amor. Sinto na pele a macieza de tuas mãos, renego os impulsos satânicos de prazer, porque leio na sebenta meus instintos loucos, de gritar alto a qualquer momento, para te dizer que te Amo. Não foi o tempo de sopro triste, não foi as palavras mal escritas em adolescência, mas foi o vento que levou as palavras até ti, para que nelas sintas o carinho que te dedico Amor.
Entrei na tua vida, como ladrão cego, possui tua boca, meus beijos teus beijos, perguntei-te pela chave, tu respondeste de coração aberto, para quê se já estavas dentro! Sorris, sorri toda a noite se rimos, desprendeste a cobra, enrolamos nossos corpos, apoderou-se do teu sexo. Rimos à tola, nem demos conta pelo tempo passar, de gozo e satisfeitos estávamos, embebedados de amor, nem demos pela chave, a tal que eu procurava, na ranhura estrebuchava. O banho ficou para tomar, o chá na mesa ficou, os cheiros de sexo esvoaçam no ar, que pena não os tomar, só tive uma saída, de novo partir sem a tão ansiada chave... by mghorta (mamasàsolta)
Talvez até fizesse o dobro em errar Descontrairia mais e faria mais disparates Levaria menos a sério algumas asneiras
Correria mais riscos Acreditava mais nas coisas Subia mais montanhas e corria nas florestas Nadaria mais em rios e oceanos Convidaria mais amigos para beber algo Usaria menos gravata e faria mais nódoas na roupa
Abriria mais garrafas que estavam guardadas para melhores ocasiões Teria me rido mais frente à televisão e chorado menos Contaria mais anedotas e viria melhor o cómico das coisas Tinha visto mais dramas a cada esquina Talvez tivesse inventado mais aventuras Porém (talvez) tivesse mais problemas reais No entanto menos problemas imaginários No entanto sabem, sou uma dessas pessoas que vive Vivo o dia com a intensidade como que fosse o último Por vezes com a sensibilidade quase santa Outras vezes com uma sanidade extrovertida Hora a hora dia-a-dia ontem hoje e amanhã Ohhhh, tive os meus momentos e instantes
Se pudesse faria tudo de novo outra vez Com isso eu teria tido muitos mais No ínterim e de facto não tentaria mais nada Apenas instantes constantes e momentos mais Uns atrás de outros em vez de viver tantos anos Fui uma dessas pessoas que talvez nunca fui a lado algum Sem termómetro ou barómetro Botija água quente casaco de pelo forte por causa da chuva Ou até de paraquedas para sentir voar Se tivesse asas voaria e viajaria muito mais Minha vida eu viveria tudo de novo Começaria mais cedo andar descalço jogando bola Cantaria mais fado nas noites de boémia Iria a mais bailes na Primavera Amaria mais nos Outonos Caçaria mais borboletas Por fim diria muito mais ''amo-te'' e '' perdoa-me''.