29 de abril de 2025

Vives-me. ..

Alimento-me de te ver na distância
Cada vez que escrevo, TU lês-me.
Sabes que me possuis embora aqui,
vives-me em cada texto que escrevo,
revivo ou revivemos as nossas emoções,
nossos momentos nossos instantes.
Sinto-me em cada momento que te vejo,
vibro em cada descrição que me revejo.
Regozijo-me no meu ego e manténs-me
vivo no teu porto de abrigo, teu Bogalho.
Em cada contextualização da tentativa
de me manter vivo, TU alimentas-me!
Procuro-me alimentar minhas esperanças
nas histórias escritas no meu corpo pelos
teus afagos, teus cheiros, teus gestos tudo
em que nos reescrevemos no presente.
Nossas Almas se pertencem,
EU estou por aqui tal como TU por aí,
mas estamos juntos no renovar da história.
Ainda que á distância EU nas sombras,
TU na Claridade na proteção do teu castelo,
assistes sem te expores, 
sem te dares e assim
continuamos neste delírio 
nosso em que pertencemos fora 
das nossas quatro paredes.
EU vivo-me através das tuas palavras,
sou nada sou fraco e vivo na esperança.
Este Amor poderá ser fantasma,
viver de fragmentos esperanças vãs,
no resquício das nossas memórias,
mas nem EU nem TU queremos abdicar,
mas somos fracos demais para absorver 
as consequências de nossas escolhas. 

by mghorta



26 de abril de 2025

Olho para mim. ..

Olho para mim. ..
Tenho dias que olho só para mim
Pergunto-me se é isso mesmo aqui
Que eu achava não que queria ser
Quando crescia todos os dias
Para na história eu ficar reconhecido
Por aquilo que sou e não que outros. ..

Olho para mim. ..
Tem tanta coisa que fiz e deveria ter feito
Me pergunto se sou feliz
Com o rumo que a Vida me reservou
No trabalho e no Amor
Se sou dono do mim próprio
Ou os espelhos me enganaram 
Ficando não me reconhecendo ali
Ou acolá de um vis a vis. ..

Olho para mim. ..
E digo eu quero mais
Não dá para ser amanhã
Do que ficou para trás
Na hora que é agora e Já!

by mghorta 





11 de março de 2025

Não nos perdemos!

Entre uma palavra não dita
e uma palavra dizia muito.
Entre as devidas atenções não dadas,
e um sentimento não comprovado.
Entre uma emoção silenciada,
é assim que nos perdemos.
Por orgulho.
Por não saber pedir desculpa.
Por não saber corrigir um erro
que fere aqueles que nos amam.
Perdemo-nos um pedaço de cada vez.
Até chegar a um ponto em que
não há volta a dar.
Até chegar a um ponto em que
Só nos resta esperar, 
sem saber se nos poderemos 
voltar a encontrar.
É assim que nos perdemos…

by mghorta 




4 de março de 2025

Futuro é já ali. ..

"Olhei o passado só vi os 
triunfos das nulidades,
vi prosperar a desonra,
vi crescer a injustiça.
Agigantaram-se os poderes dos maus,
as vergonhas consecutivas da vida."

Cheguei a desanimar-me da triste 
sina a que fui acometido à 21 anos.
Porém com o tempo ganhei
o alento suficiente para me rir não 
só de mim mas também do passado.
Hoje com motivos de sorrir de modo 
diferente acumulo a vontade de seguir 
enquanto as forças me deram e me 
ajudarem a ser bem melhor e fazer 
o que ainda não está feito.
Assim sorrio não só das minhas fraquezas 
como dos actos de coragem a que todos os
 dias estou sujeito, desde que sou 
correspondido com todo o respeito.
Ah. ..
Prossigamos então para o Futuro 
que é já ali amanhã de novo. 

by mghorta




2 de fevereiro de 2025

A Morte ❕

Esta noite a morte visitou-me,
senti-me impotente e um frio
percorrer espinha acima,
depois um pânico aterrador
apoderou-se de mim que até
senti a aproximação do Hades
quente acalorado em chamas
abraçando-me. ..
Ela sussurrou-me baixinho:
"Acalma-te não é a tua hora,
e não te quero levar,
mas é a hora de acordar e recomeçar
a viver a Vida porque ela vale a pena".

Moral da história:
Não esperes a morte vir-te buscar
a pensar em tudo que não fizeste
e o que ainda terás que fazer.

by mghorta





21 de janeiro de 2025

Teu olhar. ..

Lembro-me bem do teu olhar
Ele trespassou a minha Alma
Como um raio de fogo à tarde. ..
Lembro-me bem do teu Olhar.
O resto. ..
Sim o resto foi uma sequência
de instantes e momentos que
rescreveu as nossas Vidas. ❤

by mghorta



17 de janeiro de 2025

Culpado!

 Abri minha sebenta velha e muda,
de amarfanhados escritos sem anexo,
e perguntei ao tempo a razão 
de ter apagado tão sublimes palavrões de menino.
Ele me respondeu discordando,
que foi o vento o culpado,
porque nele estavam escritos
as minhas aventuras de menino,
atrocidades amargas da minha puberdade
e as loucuras da minha vida de adulto.
Fecho os olhos e revejo tudo,
abrindo de novo sem pestanejar,
procuro de novo as letras de outrora,
como que procurando saber a razão
de todo o meu sofrimento.
Mas ao ver e reler de novo,
vi que ainda lá estavam os arranhados escritos,
somente a minha leitura de hoje,
razão do vento tem outros sentimentos.
Fecho de novo os olhos,
avivo os meus pensamentos e vejo,
pecados de memória sã,
outros de pecados atrozes,
pela sala voam fantasmas recentes,
anestesiados desejos cálidos,
mo
ssas no meu corpo deitado,
com pensamentos de Amor.
Sinto na pele a macieza de tuas mãos,
renego os impulsos satânicos de prazer,
porque leio na sebenta meus instintos loucos,
de gritar alto a qualquer momento,
para te dizer que te Amo.
Não foi o tempo de sopro triste,
não foi as palavras mal escritas em adolescência,
mas foi o vento que levou as palavras até ti,
para que nelas sintas o carinho que te dedico Amor.



by mghorta



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