Gostava não ser fardo,
porque na realidade nada sou,
e por nada ser, por nada ter,
perco a razão quando penso,
o que penso que outros são.
Na verdade sou nu e cru,
sou a razão e pensamento,
sou folhas caídas no Outono,
à força de qualquer vento.
Sou solidão passageira,
pela circunstancial Dor,
tenho raízes de abandono,
nas terras frias do Amor.
Ando fora da lei,
perdidos nos livros como guia,
sou bobo e tolo na corte do Rei,
fantasiando meu mundo.
Sou o que não quero,
diferente mas sempre por querer,
quero ser fiel e na fé espero,
algo querer ser sem nada ter.
by mghorta
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