3 de maio de 2014

São pragas!



São pragas minhas de dor,
doente em rios e fontes,
clareiras e animais,
com a voz ensurdecedora,
clamo que não me procures mais.

Dia após dia e noite após noite,
é um amontoar de vozes,
são pragas minhas de dor,
baixe os braços e não se ria,
seja boa e não fulana.

Não tenho mais espaço,
meu coração mole sofre,
com o passar do tempo virou cinzas.

São pragas minhas de dor,
depois de todas as sombras enterradas,
aconteça o que acontecer,
não terá retorno nunca mais.

Ambos sabemos que a vida é uma merda
não passa de rescunho em papel,
agora podemos soltar o que não era,
são pragas minhas de dor.

by  mghorta  (citando Alberto Lins)


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