7 de maio de 2014

Encarcerado.


Um dia soube da ideia lacerante,
atormentado fez-me correr,
olho o céu tristemente,
pesado ao ver o alheio sofrer,
de um amor sem futuro,
por causa disso vou morrer.

Ouvi que cada um mata o que adora,
amores e ideais,
alguns com fantasias,
outros com olhares duros,
o mentiroso assassina beijando,
o herói mata com punhais.

Uns matam o amor de velhos,
outros os de meninos,
quando o amor termina ou o amor começa,
matam-no com mão de ouro,
outros matam com a mão de carne,
mão possessa,
seja bondosa ou venenosa,
a morte assim vem mais depressa.

Vendi meu coração,
não quero que o compres,
amei muito um Amor,
outros menos,
não mates chorando,
sorri sem dor e sem ais,
matei o Amor, porém... nem sempre,
nem sempre as sortes são iguais.

By mghorta (citandoOscar Wilde)

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