Na impossibilidade de falar de nós, passamos o tempo a retratar-nos nos outros, sei hoje o que sou e tento querer saber o que serei amanhã, querendo me afastar das máscaras (hoje mais que ontem), sem me querer rotular de um super herói porque não sou, no entanto pelo simples facto de o querer ser. ..
Não tenho orgulho disso, mas bem queria sentir as diferenças, maioria das pessoas nunca estão satisfeitas, mas eu sempre irei tentar fazer bem o meu melhor, porque na realidade cada um sabe de si (falar de outros é muito mais fácil).
No mundo em que estou inserido, imperfeito e dificultoso a luta permanente de nossos ideais uma vida inteira correndo para uma morte mais que certa (ninguém sai vivo desta vida) é uma correria sempre para querer mais e mais e isso nos faz manter vivos, somos meros seres insatisfeitos preocupados neste absurdo planeta que até se esquecemos de quem somos e porque motivo estamos vivos.
Hoje mais que ontem me preocupo com a mutação do meu corpo, tolhido pelas cicatrizes da vivência de uma mobilidade mais que dificultosa em que muitos me olham como um valente quando na realidade não passo de mais um que na Vida foi tramado pela correria de outrora.
Hoje digo alto e a bom som, não desejo a ninguém a minha cadeira de rodas, mas sou obrigado a dizer aos que involuntariamente me abandonaram nesta misera condição que deveriam estar sentados numa (cadeira de rodas) o tempo suficiente para se interiorizarem e sofrerem na pele o quão eu sofro hoje.
Hoje mais que ontem estou zangado comigo mesmo.
by mghorta
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