14 de outubro de 2015

Ao Acaso

O acaso é tanto como marés,
sobe e desce mediante as fazes da Lua,
tal como eu subo e desço,
vou acolá e volto numa noite clara
ou desço noutra noite escura sem luar,
tão clara como os sonhos ou planos
incertos quanto aos anos que
teimam por suceder no escuro,
parecidos como berlindes jogados
dividindo os espaços do meu peito
na inexacta incerteza da minha alma
num pantanal de saudade (me atolo)
dos momentos de felicidade,
aquela felicidade inocente e pura
ao ponto de não querer ou ver
porque razão de tanto amor
que não teria perdão,
restos que residem em mim não é por acaso,
mesmo que caminhando
subindo ou descendo no inferno do descaso,
sendo assim que todos os meus erros
na maioria causados por atrasos
em chegar tarde às partidas,
chegando aos velórios das histórias 
sempre no tempo devido,
dado e ponto assente que tudo morre,
ficando por fim a memória nas cinzas ao acaso.


by mghorta


De Homem

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