Lembras-te daqueles dias, em que fomos uno, nos lugares menos pensados, aqui e acolá?
Éramos uno e isentos da merda que o mundo nos sujeita, corpo a corpo, bocas coladas, mãos e pernas tocadas, diante o Sol e perante a penumbra do anoitecer, em silêncio absoluto como só os amantes conhecem a essência desses momentos...
Nas trocas de confidências amorosas, manuseando os dotes corporais, éramos os seres mais anónimos do planeta.
Se o mundo acabasse nesses momentos, nem Deus nos encontraria naquele ninho de luxúria, tal era a cumplicidade das nossas almas na quietude do transe dos nossos corpos sexuados...
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