24 de novembro de 2022

20 de novembro de 2022

Porque escrevo❔❕



Perguntaram-me porque escrevo coisas como Mamas à Solta, mas não me perguntaram  porque escrevo Mghorta, nem aqui no Mixórdia, até mesmo AsRodinhas, só suscitou porque escrevo erotismo prático e não erotismo disfarçado.

A escrita é um modo de fazer politica, é uma maneira de estar na vida, é um meio de comunicar e levar a outros algo de novo, novo para uns e velho para outros, ou até mesmo repetido, sim porque por vezes é salutar ser repetitivo para alertar certos pontos, isso é enfático e encaixa nos menos atentos.

Escrever é dar a conhecer a vivência de quem escreve, os factos, as aventuras e desventuras do escritor, e nada impede de quem escreve dar a conhecer seus bons ou maus momentos, o passado, o presente e o vindouro momento.

Alguém escreveu; 'a literatura é politica, porque viver é politico. Porque o não-ceder é politico...'
Em resumo, não devemos ceder, parar, morrer... daí o melhor remédio é escrever para não morrer.

Escrever chocalha as mentes das pessoas, mesmo que algumas não gostem, ou outras denunciem o escritor, tudo isso é um modo de estar aqui na blogosgera, é um estado de espírito e forma de passar a escrito aquilo que pensamos, aquilo que vivemos, aquilo que queríamos ter vivido, ou aquilo que ainda queremos viver, e quanto a isso ninguém tem o direito de me interrogar porque escrevo ou deixo de escrever.

Este recado é para quem não gostou de ter sido honesto quando publiquei um artigo seu, embora tenha feito logo a referência para sua publicação bem como seu endereço internauta, e passado dois meses veio dizer que não gostou, quem não gosta não come, porque de santos e santinhas fartei.

A arma dos fracos e dos incompetentes é fazer denuncia, spam, eu não faço isso, sou eu mesmo e aqui vou continuando até que um dia me façam calar de forma abrupta, portanto quero que com este recado entenda de uma vez por todas, que aqui estar tem preceito e formas de estar, dignas e responsáveis, é por isso que escrevo entendeu uma vez por todas!!!

Eu sou eu e não aquilo que outros queiram que eu seja, é a razão do meu escrever.

by mghorta

13 de novembro de 2022

Olhos Cerrados ❕

 

Cerro os olhos só te vejo, sinto-te
Meiga delirando o meu interior
Entrego-me no teu mundo saudoso
Estou nas tuas mãos pronto para amar
Mãos que sabem deslizar na minha pele
Onde me fazes sentir demoradamente sedução.

Cerro os olhos sinto-te melhor
Percebo-te nos gemidos contidos
Incontidos para saborear o momento
Inertes ao mundo lá fora
Reféns das nossas artimanhas
Insanos loucos olhos cerrados
Sinto-te humedecendo nos recantos
Naquele vai e vem que nos une.

Nossas línguas atrevidas 
Num jogo de sedução
Engole-nos, leva-nos ao êxtase
Num ápice de sensações inimagináveis. ..

Não te vejo, mas sinto-te aqui
No deslizar da pele tateada pelos dedos 
Entre beijos e anseios
Respirando ofegada-mente
Na entrega corporal do nosso querer.

Como um raio de luz privado de ver
Posso ouvir sentir os toques
O gosto o cheiro do pecado que nos seduz
Sentir teu corpo estremecendo
Obediente aos melindres envolventes. ..

Aqueces-me a pele fria
Com teus suores e cheiros
Cego de desejo arfando sussurros
Pulsando e sentindo excitação
No patamar da nossa paixão
Não preciso de te ver para te sentir
Bem como a intensidade do teu tesão.

Sôfrego, libertino, faminto
Nas nossas cumplicidades 
Ainda com os olhos cerrados
Não te vendo mas sinto-te
Nos nossos recantos 
Que tão bem conhecemos e nossos.

by mghorta 





6 de novembro de 2022

Segredos dos Mourões.

Teus segredos, nem sempre silenciosos
Tão profundos, guardados em banhos de águas
Como pérolas, como o brilho dos luares.

Minha Infância é um Tejo de mistérios. ..
Tempestuosa no meu tempo de traquina
Aflito, desejoso sempre de me banhar nele
Tranquilo, sereno quando pulava de um para outro. ..

Nem sempre meu coração ritmava na tua sobriedade
Quase me explodem os olhos em te ver Mourões
Quase. ..
Quase paro no Tempo de só te olhar em fotos.  

Meu coração não sabe mentir. ..
Grita aos ventos o quanto eu te admirei
Silenciosos. ..
Guardas tantas aventuras e desventuras.

Meu coração hoje está dolorido. ..
Sangra da ausência dos teus segredos
Estanca a falta do retorno do Tempo,
Tempo em que minha meninice brincou em ti.

Poderei ter envelhecido. ..
Mas as lembranças são tantas
Com desvios e receios
Renovava a cada instante meus desejos.

Mourões. ..
Meu maior segredo meu amigo
É não ter nenhum segredo
O meu desalento silencioso fala por mim.

by mghorta



5 de novembro de 2022

Amar!


As vertentes do amar é mandar, achar quem possa amar, obedecer, até mesmo fingir que se obedece aos enlaces do amor. 
Amar é fazer um batido de banana pela manha, é dizer bom dia espreguiçando o esqueleto com os braços estendidos para a outra metade, sorrindo e com olhos remelosos dizer mansamente;   Vem cá Amor.
Amar  é ter quem nos aqueça os pés durante um sono repousante sem pedir, é comemorar um dia com um longo beijo, é conversar começando pelo fim sem saber a pergunta. 
Ama quem sai pela rua batendo fotos pelas verduras de um parque, pelas noites estreladas ou pelos dias cinzentos como que dançar debaixo de chuva. 
Amar é perguntar; Ainda Dormes!, é levar o amor a jantar às sextas-feiras à noite, é levar quem se ama ao cinema aos domingos, é fazer sexo na hora, saber morder o pescoço, lamber a orelha, beijar as pestanas, morder os lábios e saber fazer dança de língua quando se beija, fazer sexo sem olhar horas e locais.
Amar é tanta coisa que eu passaria aqui a descrever uma infinidade de circunstâncias que você leitora me passaria  AMAR  sem saber a verdadeira razão porque me ama.

by mghorta

Partir é Preciso.

Parta, parto, partes... Normalmente partidas remetem a dor. ‘Partiu o coração em pedaços’ ‘parti a cara’ entre outras expressões que demonstram isso. Partir realmente dói! Mas é uma dor necessária.
Os dramas românticos com mestria relatam essa realidade nas telas de cinema. Seja qual for o tipo de partida ou o motivo da mesma, esteja certo que não será fácil, por amor, dor, doença, ausência, presença, etc. Aeroportos registam muito bem isso, chegadas e partidas a todo o momento. Pessoas que escolheram ir, gente que teve que ir, que queria ir, que não queria, mas foi. Um lugar repleto de sentimentos tão opostos. De um lado da moeda, felicidade, recepção, euforia, ansiedade... Do outro lado, dor, saudade, insegurança, medo... E fé, muita fé.
Partir requer fé, coragem. Fé para encarar o recomeço que toda partida implica. Ninguém decide ir embora seja de casa, de cidade, estado, país, ou de um relacionamento sem ter que lidar com as mudanças que isso acarretará. Quis partir muitas vezes, partir do trabalho, da minha rotina, das dificuldades, mas as consequências que isso causariam não seriam assim tão vantajosas. Partir é preciso, mas mais preciso ainda é saber a hora certa de ir.
O vazio de uma solidão a dois é um bom motivo para se questionar se deve-se partir ou não. É muita infelicidade amar por dois, se esforçar por dois, viver a dois sozinho. Nesses casos partir é a melhor escolha, ir embora em certas situações não é uma fuga, mas um ato de coragem. Ir e ter certeza do motivo da partida sem duvidas é uma atitude de valentia.
Aceitar aquela proposta de emprego dos sonhos em outra cidade pode parecer arriscado, ousado demais, e realmente pode ser, mas e daí? O que vai ser preciso para você finalmente aceitar? Partir do comodismo e da zona de conforto também é extremamente necessário. Se você não fizer, ninguém mais o fará. Quiçá mudar até de país se for oportuno e vantajoso. Mas por que não partir? E por que ir? Sabendo isso já é um primeiro passo para diversos caminhos. Ás vezes, tudo que precisamos é escolher, e na maioria das vezes essa escolha pode se resumir em duas opções, ir ou ficar.
Os aviões que descolam voo também tiveram que partir e descolar e lá do alto o momento de partida já não importa mais tanto assim, nem o destino tem tanta importância no exacto momento em que ele está lá em cima, sobrevoando as nuvens. Eu parto, tu partes, nós partimos. Partimos as desilusões, as indecisões, partimos a barra de chocolate com o colega do lado, nos partimos em dois para conseguir chegar lá e, partimos muitas coisas por aí... Partimos para longe para enfim ser inteiros.



29 de outubro de 2022

Mourões 😎


Silêncio e pedra, molho a alma qual o rio,
barco e remo, misterioso igual ao Tejo,
enchendo com as chuvas, pesco aos olhos veraneios
de um céu inteiro, que reflecte o Ribatejo.

Andei no tempo igual a águas,
nada mais pelo tempo sei que meus silêncios pensadores,
igual a tantos que remando anoitecido,
silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.

Alma do rio, dorme o cio de quem passou,
junto à margem que me viu nascer,
silêncio e medo, alma em cio, 
sabe o rio que em mim plantou,
água e vida que se escapam pelos dedos.

Silêncio e pedra, molho a vida no meio do rio,
remo o barco, mais atento que um marujo,
temendo os ventos, sonho aos olhos veraneios
de um mundo inteiro remando no Tejo.

Andei no tempo igual às águas, nada mais
por tempo sei que os meus silêncio pensadores,
igual a tantos que remando anoiteceram,
silêncio e pedra um tanto mais que pescadores.

Alma e rio, dorme o cio que nele banhou
junto aos Mourões que me viu, silêncio e medo
alma em cio, sabe o rio que em mim plantou
água e vida que se escapam pelos dedos.

by mghorta


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