3 de abril de 2015
Escrevo porque preciso.
Nada acontece ao acaso,
tudo nasce e morre,
pelo mesmo motivo eu escrevo,
escrevo porque preciso,
saber que não estou louco.
Perguntarão muitos a razão,
mas não tem nada com isso,
escrevo por me apetece,
seja ao amanhecer,
seja pelas tardes adiante,
escrevo porque preciso,
saber que não estou louco.
Nada acontece por acaso,
como o peixe morre pela boca,
o poema acontece,
as estrelas lá no céu
fazem parecer letras de papel,
escrevo porque preciso,
saber que não estou louco.
Como nada é acaso,
ao anoitecer também escrevo,
escrevo teias ruinosas,
rascunhos do dia ruim,
escrevo porque preciso,
saber que não estou louco,
mais uma razão de sobra,
que nasci e também morro.
by mghorta (fonte Mamas à Solta)
Saudades de mim...
Um dia procurarás nos meus escritos,
desde o anoitecer ao alvorecer,
apenas encontrarás sílabas surdas,
suscitarás por onde ando,
mas nada mais que o silêncio ouvirás,
a própria natureza escrita te negará ver,
olharás o céu estrelado e perguntarás,
por onde caminhar para te encontrar?
Serão inúteis e vãos teus esforços
porque minhas pegadas apagarei com dor.
A saudade de mim falará mais alto,
teu coração se transformará em chagas,
não porque eu tivesse sido importante,
mas somente porque fui um fardo na tua vida,
entretanto nos teus momentos de vida,
apenas encontrarás o vazio,
as lembranças se acercarão de teu coração,
lágrimas verterás de saudade de mim.
by mghorta
2 de abril de 2015
Para que Mentir!
Meu amor por ti
é intenso como raios solares,
a beleza de uma noite de luar,
o brilho das estrelas cintilantes.
Teus dias são meus,
todo o meu afecto eu dou.
Horas, minutos e segundos penso em ti,
em linhas descrevo,
só me resta declarar meu Amor,
aquele que sinto por ti princesa.
És o verbo do meu Ser,
mesmo que repetido,
não deixo de escrever:
EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO EU TE AMO.
.
by mghorta
.
Anónimos.
Lembras-te daqueles dias, em que fomos uno, nos lugares menos pensados, aqui e acolá?
Éramos uno e isentos da merda que o mundo nos sujeita, corpo a corpo, bocas coladas, mãos e pernas tocadas, diante o Sol e perante a penumbra do anoitecer, em silêncio absoluto como só os amantes conhecem a essência desses momentos...
Nas trocas de confidências amorosas, manuseando os dotes corporais, éramos os seres mais anónimos do planeta.
Se o mundo acabasse nesses momentos, nem Deus nos encontraria naquele ninho de luxúria, tal era a cumplicidade das nossas almas na quietude do transe dos nossos corpos sexuados...
Cheiros !
Nem pobre ou rica,
somente uma mulher,
de olhos sorridos
de beijos quentes...
Deixou o Cheiro a mato,
sabor mentolado,
repentes e ventania,
as chamas de labaredas...
Saciou-se e saciou,
minha fome e a sua,
morou nos meus braços,
me enlouqueceu de Tesão...
Era a dama que eu precisava,
a menina que eu esperava,
na constelação do Verbo Amar,
somente ficaram os cheiros.
by mghorta
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