como que entrando na mente demente do teu coração.
Quero voltar sorrir, galhofando como criança,
a mesma que esqueci de ser,
dado aos pensamentos que invadem minha cabeça.
As teclas batem fortemente,
olhando para tuas imagens,
suscito duas perguntas:
Já te esqueceste da tecla D?
Ou apagaste toda a memória e atitudes do teu coração?
Deixo-te absorvida pelas perguntas,
mas não te inquietes mente demente,
os dedos batem fortemente no teclado,
como roubando meu sossego.
Suspiro de alivio,
batalho ferozmente,
para que meus olhos te vejam,
nas memórias da mente.
Percorro sem pressas,
os arquivos de nossos mimos,
no escuro da noite,
no silêncio de meu quarto,
ouço o barulho da rua,
como que fosses chegando sem pressa.
Estás habituada aos latidos de cães vadios,
miares de gatos abandonados,
casacos rasgados e rendas soltas nas pernas,
latas vazias rolando na rua,
vozes embargadas em álcool,
vidros partidos cortantes,
rasgando o amargo e sombrio das noites vadias.
Sombras do passado te inquietam,
dão lugar a temores,
medos e fantasmas de outrora,
como que anunciando o passado chegando.
Os sonhos chamam-te para meus braços,
pernoitando na minha alma sossegados,
aos poucos me vou adormecendo,
em teus embalados momentos.
by mghorta
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