27 de abril de 2014

Estalou o verniz...


... e consequentemente,
caiu-te a máscara,
acabou as cenas,
ficou a falsidade,
que teu desamor causou,
sem dó ou perduração,
acabaste de matar um coração.

Máscara de compaixão,
mas somente era verniz,
de amor nada tinha,
despojas um ferido coração,
indo reconsiderar,
mais as tuas acrobacias.

Encenas momentos,
como palco a tragédia,
onde um ser humano baila,
numa agonia imprópria,
causando cenas de comédia,
são reais e não puro engano.

Quem és... quem enganarás,
actor passageiro ou real,
agora sem verniz e máscara,
qual a peça que ensaiarás,
quando chegar a solidão final,
onde não terás mais quem amar?

by mghorta


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