15 de fevereiro de 2022
Luxúria ⭕
Sexo feito à beira mar,
é como sereia a navegar,
no vai e vem das ondas,
aos meus desejos me sondas.
Paira no cheiros a algas,
no vai e vem das ondas,
aos meus desejos me sondas.
Paira no cheiros a algas,
meu corpo e o teu cavalga,
desafiando a tua fúria,
naufragando em tua luxúria
Línguas serpenteiam,
desafiando a tua fúria,
naufragando em tua luxúria
Línguas serpenteiam,
areias afrodisíacas,
meu anzol tesudo
segura teu corpo desfalecido.
Saboreia minha isca,
meu anzol tesudo
segura teu corpo desfalecido.
Saboreia minha isca,
Volúpia ❤
A trote de teu coração
Cavalgas em meu peito nuTeu corpo tremulo de tesão,
Emanas furores suados entesourados
Teus frágeis músculos hirtos de gozo
Teus lábios mordiscam meus gémeos
Tua pálida pele tonifica-se espelhando fogo
Pedes-me com olhar tristonho
Juras de amor e castigos
Na volúpia de teu cavalgar
Sedente de mais galopar
Atreves-te sentada gozando
Suicida com trote desenfreado.
by mghorta (cavalgar)
12 de fevereiro de 2022
Escrevendo!!!
Usei a escrita para me disfarçar
nela me metaforizar sentimentos
como quem tece vivências
como quem tece vivências
sobre recordações amareladas.
Usei a escrita para soprar poeiras
que insistiam em alojar-se no meu coração
perante olhares da rectaguarda
turvada pela ausência de emoções.
Usei a escrita para entender
decifrar o que me é inimaginável
mas, permito-me sempre dizer
que meu âmago mais que anunciado
das amarras sem reservas nem prosas.
Usei a escrita para alcançar
muitos quês e os porquês
os quantos possíveis para
colmatar saudades do meu coração
disfarçando nela as dores do passado.
Usei a escrita para dar vida
Usei a escrita para dar vida
aos sonhos anelos e fantasias
Reais ou ficção imaginárias sentidas
com realidade, um dia lá atrás roubadas.
Usei a escrita para mansamente
afastar os nevoeiros que me cobriam,
a luz acinzentada das noites insanas
onde teimosamente as madrugadas
me faziam recuar para o nunca de ontem.
Usei a escrita de uma certa forma
brindar à Vida que em mim veio
numa Primavera recente onde se
desabrocham as flores coloridas
no brotar das prosas deste meu verbo, amar.
Usei a escrita por fim sem saber
nem como ou o porquê
com um pouco digo muito
com tanto quase nada direi
e por tudo ou talvez nada
por factos irei mais escrever.
by mghorta
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