27 de fevereiro de 2015

Tiras-me o sono...


Despertas-me o desejo,
no suave toque dos teus dedos,
com a suavidade de penas,
no sono incompleto.

Tua língua humedecida,
é mel espalhado no corpo,
perdendo o vício 
nos suores dos corpos.

Sem disfarce,
sem tréguas,
entregas por inteiro.

Despertas-me o desejo,
no tropeçar dos corpos,
na entrega frenética,
perco o sono sem ética.

by mghorta


Desejos...


Carne insaciável,
coração ferido
alma que vivo e amo.

Saciar os desejos,
nostalgia por amor,
por ser talvez feliz.

Talvez todas, nem uma...
conflitos da carne,
interior sofrível,
mas no fundo só amores...

Existência desprezível,
mundo por mover,
intimidade bela e vazia.

No fundo talvez,
procurando algo longe,
indizível talvez...

by mghorta


Amar...


Amar é sentir no peito a felicidade,
é sentir no corpo o calor de um abraço,
é fazer da lua, uma musa de amor,
do vento, um mensageiro de carinho,
da noite um labirinto de recordações,
amar é sofrer um instante de saudades,
é sentir um segundo de ciúmes,
é viver um momento de paixão,
amar é sentir a ausência de alguém,
é ver na saudade uma prova de amor,
é fazer do mundo um paraíso encantado.
O amor não pede, tem!
Não reivindica, consegue!
Não exige, dá!
Não pergunta, adivinha!
Existe para fazer feliz!
Amar é viver porque a cura vem através do Amor.

C.S.


Lágrimas.



Não derrames mais lágrimas,
porque quando acordares,
ainda por aqui estarei,
ao acordares batalharemos os teus medos,
e agora me vou...
Pego meu coração de volta,
ir de volta ás  minhas recordações,
não aguento mais...
Sequei as minha lágrimas,
pois encaro os anos passar,
a forma de como me amas,
dissipou todas as lágrimas,
apenas mais um pouco de tempo,
é tudo o que precisamos,
apenas mais um pouco de tempo,
para que consigamos-nos ver,
o que a Vida tem para nos dar.

C.S.


26 de fevereiro de 2015

Sonhos!



Nunca soube o que é o fim, falo na generalidade seja o que for, perdido na concretização do que desejava, ficando somente pelo meio, ou até possivelmente ficando pelo começo, tem sido assim desde que algo tem início, faço retroflexão para saber a razão, mas nada me ocorre para que saiba o motivo porque me encontro no meio de areias movediças.
Formato sonhos, todos eles amontoados em memória, talvez acha que assim teria todo o direito sobre eles, mas de nada adianta, fico percebendo que além se serem meros sonhos, tem peso em demasia na minha pessoa, talvez por pensar que sou apenas um ser sonhador a quem dizem que sou limitado e parvo.
Resta-me os largar no areal para que as águas os arraste ao centro da corrente, poderá assim seguirem para mar revoltoso, evitando assim idas e voltas no meu mundo de fracasso.
Muitos deram insolentemente à costa mais tarde, mas permaneceram por momentos, perdi o tempo com eles, por ter dado conta que as tarefas eram minuciosas em demasia para mim sendo molestado, quando neles me metia com alma e mente, tudo logo ruía, deixando minha alma penosamente corroída.
Os desejos, esses quedaram-se pelos castelos nas arribas, quando as águas revoltosas subiram, rugiram forte e eles caíram. No amor, a merda é a mesmíssima coisa, sorriu de vez enquanto, mas a realidade era outra, quando o notava, batia de ventas pelo chão.
Doravante, de hoje em diante, sonhar é proibido e só mesmos os que forem necessários, somente de aqueles que que não façam nós no peito, daqueles que não atropelem o coração e muito menos me façam mal na alma.

by mghorta


Talvez sim, talvez não...


Ilusão distancia o poeta,
vê um horizonte deslocado,
mapeia trilhos ao seu jeito,
perdido e desesperado.

Pânico dá razão ao mistério,
vendo o futuro enevoado,
tacteando a pulso rumo sério,
mesmo que chegando atrasado.

Impulsiva-mente na corrida,
fraseando versos inacabados,
perdendo no espaço ideias,
com sua vivência apagada.

Agitado com lembranças,
restando contemplar uma flor,
talvez tenha voltar a ser criança,
para não se esquecer falar de Amor.


by mghorta

25 de fevereiro de 2015

Um dó li tá...




Na encruzilhada da vida,
acordei sobressaltado,
desatentadamente aflito,
em sonhos vislumbrado caminhos,
como que promessas felizes,
peguei num lápis e rabisquei no papel,
fiz um mapa com trajectos na vida,
pormenorizadamente os altos,
afanosamente os baixos,
acidentalmente os erros,
para de novo não cair neles,
quedando-me por gostar,
de novo erguer-me feliz,
escolhendo pela vida
novo trilho percorrer,
só ou acompanhado,
cantarei um dó li tá.

by mghorta


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