27 de fevereiro de 2015

Lágrimas.



Não derrames mais lágrimas,
porque quando acordares,
ainda por aqui estarei,
ao acordares batalharemos os teus medos,
e agora me vou...
Pego meu coração de volta,
ir de volta ás  minhas recordações,
não aguento mais...
Sequei as minha lágrimas,
pois encaro os anos passar,
a forma de como me amas,
dissipou todas as lágrimas,
apenas mais um pouco de tempo,
é tudo o que precisamos,
apenas mais um pouco de tempo,
para que consigamos-nos ver,
o que a Vida tem para nos dar.

C.S.


26 de fevereiro de 2015

Sonhos!



Nunca soube o que é o fim, falo na generalidade seja o que for, perdido na concretização do que desejava, ficando somente pelo meio, ou até possivelmente ficando pelo começo, tem sido assim desde que algo tem início, faço retroflexão para saber a razão, mas nada me ocorre para que saiba o motivo porque me encontro no meio de areias movediças.
Formato sonhos, todos eles amontoados em memória, talvez acha que assim teria todo o direito sobre eles, mas de nada adianta, fico percebendo que além se serem meros sonhos, tem peso em demasia na minha pessoa, talvez por pensar que sou apenas um ser sonhador a quem dizem que sou limitado e parvo.
Resta-me os largar no areal para que as águas os arraste ao centro da corrente, poderá assim seguirem para mar revoltoso, evitando assim idas e voltas no meu mundo de fracasso.
Muitos deram insolentemente à costa mais tarde, mas permaneceram por momentos, perdi o tempo com eles, por ter dado conta que as tarefas eram minuciosas em demasia para mim sendo molestado, quando neles me metia com alma e mente, tudo logo ruía, deixando minha alma penosamente corroída.
Os desejos, esses quedaram-se pelos castelos nas arribas, quando as águas revoltosas subiram, rugiram forte e eles caíram. No amor, a merda é a mesmíssima coisa, sorriu de vez enquanto, mas a realidade era outra, quando o notava, batia de ventas pelo chão.
Doravante, de hoje em diante, sonhar é proibido e só mesmos os que forem necessários, somente de aqueles que que não façam nós no peito, daqueles que não atropelem o coração e muito menos me façam mal na alma.

by mghorta


Talvez sim, talvez não...


Ilusão distancia o poeta,
vê um horizonte deslocado,
mapeia trilhos ao seu jeito,
perdido e desesperado.

Pânico dá razão ao mistério,
vendo o futuro enevoado,
tacteando a pulso rumo sério,
mesmo que chegando atrasado.

Impulsiva-mente na corrida,
fraseando versos inacabados,
perdendo no espaço ideias,
com sua vivência apagada.

Agitado com lembranças,
restando contemplar uma flor,
talvez tenha voltar a ser criança,
para não se esquecer falar de Amor.


by mghorta

25 de fevereiro de 2015

Um dó li tá...




Na encruzilhada da vida,
acordei sobressaltado,
desatentadamente aflito,
em sonhos vislumbrado caminhos,
como que promessas felizes,
peguei num lápis e rabisquei no papel,
fiz um mapa com trajectos na vida,
pormenorizadamente os altos,
afanosamente os baixos,
acidentalmente os erros,
para de novo não cair neles,
quedando-me por gostar,
de novo erguer-me feliz,
escolhendo pela vida
novo trilho percorrer,
só ou acompanhado,
cantarei um dó li tá.

by mghorta


Farrapos.



Como casa destelhada,
é a minha alma nua,
por companhia a tristeza,
guarida de farrapos,
na tentativa de sacudir pó,
varrendo a solidão,
perspectivando o Sol,
para deixar entrar o sonho,
da paixão e voltar amar.

by mghorta


Cavalheirismo.




Ela apareceu tal como ele esperava,
cabelos soltos borrifados pela chuva,
encantadora-mente vestida de preto,
fazendo bater mal da cabeça qualquer homem,
ele esperava por aquele encontro à muito,
sentido-se o homem mais feliz do mundo,
ambos conversaram horas sobre amizade,
nervosismo era tanto que ambos olharam-se,
foram momentos curtos mas belos,
conversaram sobre tudo e sobre nada,
trocaram olhares e sorrisos,
foi tudo tão intenso que o tempo passou,
um dia maravilhoso e tão incrível,
que demorou tanto a chegar e passou rápido,
que quando ele deu conta, ela disse que partia,
ele não queria que ela partisse logo,
tinha medo de não mais a voltar a ver,
mas ela garantiu pelo seu sorriso que voltaria,
o mundo parou no momento que cumprimentaram-se,
despedida cavalheiresca com um beijo na mão,
assim ela partiu sem olhar para trás,
mas deixou a certeza de uma amizade perfeita.

by mghorta


Pássaros feridos.

Feridos e sozinhos,
escondidos e iludidos,
asas quebradas no ninho,
pelas dores do coração,
tristes e sem sonhos,
na imensa solidão,
prisioneiros sem beleza,
imperfeitos e errantes,
distantes e magoados,
rastejando pelo chão,
perdidos no tempo,
sem vida e sofridos,
banidos e sem abrigo,
odiados sem razão,
somos pássaros sem amigos,
mortos e em extinção.


by mghorta 


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