4 de fevereiro de 2015
Mala de Viagem.
No canto da mala,
arrumei a tristeza,
tinha por companhia ilusões,
bem como um bom par desilusões,
como também agruras da vida,
para que não me lembrasse mais,
do mal que me fizeram fechei a mala.
Dos sonhos fiz um livro,
pequeno para caber no bolso,
para que andasse sempre à mão,
para que por acaso viessem a realizar,
deixando se ser mera fantasia.
Na mala de viagem ainda tinha espaço,
com isto coloquei lá as saudades,
o vazio da solidão,
momentos deixados por alguém,
alguém que me foi querida.
Restou a esperança,
entre os sonhos e realidade,
como que por magia surgiu,
eis que se vislumbrou no horizonte,
alguém com que o sonho existisse,
arrumei-a com cuidado,
para não machucar,
juntei as promessas,
misturei-a com as mentiras,
coloquei-a num saco e deitei fora.
A mala tenho por companhia,
sentado fico na esperança,
de que um dia abra a mala de novo,
quando cansar de folhear o livro de bolso,
faço contas à vida,
com o que joguei fora,
resta metade da mala,
sonhos e realidade virão,
para um dia me complementar e deixar de sonhar.
by mghorta (Mala de Viagem)
arrumei a tristeza,
tinha por companhia ilusões,
bem como um bom par desilusões,
como também agruras da vida,
para que não me lembrasse mais,
do mal que me fizeram fechei a mala.
Dos sonhos fiz um livro,
pequeno para caber no bolso,
para que andasse sempre à mão,
para que por acaso viessem a realizar,
deixando se ser mera fantasia.
Na mala de viagem ainda tinha espaço,
com isto coloquei lá as saudades,
o vazio da solidão,
momentos deixados por alguém,
alguém que me foi querida.
Restou a esperança,
entre os sonhos e realidade,
como que por magia surgiu,
eis que se vislumbrou no horizonte,
alguém com que o sonho existisse,
arrumei-a com cuidado,
para não machucar,
juntei as promessas,
misturei-a com as mentiras,
coloquei-a num saco e deitei fora.
A mala tenho por companhia,
sentado fico na esperança,
de que um dia abra a mala de novo,
quando cansar de folhear o livro de bolso,
faço contas à vida,
com o que joguei fora,
resta metade da mala,
sonhos e realidade virão,
para um dia me complementar e deixar de sonhar.
by mghorta (Mala de Viagem)
O Milagre das Mãos...
Para fazer pão as mãos são primordiais,
para criar um lago é preciso gotas de água,
para fazer sombras o Sol é essencial,
para fazer amor são preciso dois corpos.
De todos os momentos se escolhe um dia,
quando menos esperamos ele acontece,
nele e nos espaços menos adequados,
talvez por falta de cama,
despedaçam as palavras de amor,
ofegar trémulo e melindroso,
entrega de mãos que fazem o resto,
embaciamento de vidros e chuva a cair,
ambiente está escolhido para encontro de amantes.
Dois amantes ocasionais mas normais,
não têm fim nem morte,
momento é extravasado e sexuado,
no ar respirasse sexo e caricias,
culmina com ais de satisfação,
que por milagre de mãos se faz pão,
alimentando o amor sonhado,
amantes eternizados pela natureza.
by mghorta
Verso Suado.
Digo-me
Digo mensagens por entre pernas
Divago mentiras, distorço imagens
Vazo em ritmos, rimas e vasos de flores
Esvazio-me
Um vazio que gira, zigzagueia em mim
Que entra e sai num nexo frenético
E os pensamentos, tantos, tântricos
Complexamente estéticos
Como mantra o mandamento
Fico-te
Fico tecendo meio no meio
Saldando dívidas e saudando a vida
A devolver saliva
Brindo-te
A testar um verso suado
Soprado num canto mais que de perto
O poema de corpo elétrico
3 de fevereiro de 2015
Aquela Árvore.
Já vivi grandes histórias, tive milhares de aventuras, fui um livro com longos capítulos, fiz versículos curtos mas bem sucedidos, outros foram simples prefácios não tão interessantes.
Não jogo fora ou menosprezo os casos que me fizeram feliz, porque foram marcantes e no momento foram importantes, ficam registados na memória que nem a borracha apaga como simples riscos com erros.
Por exemplo, os momentos passados à chuva e enevoado que embora curtos foram fogosos e terminais ao ponto de muitos aiiii'sss se soltaram no espaço curto mas habitável. Foi uma viagem que veio como furacão, soltaram-se as roupas e as mãos fizeram as delicias de corpos, momentos que ficam guardados num cantinho chamado altar de minha alma, lugar restrito.
Por exemplo, os momentos passados à chuva e enevoado que embora curtos foram fogosos e terminais ao ponto de muitos aiiii'sss se soltaram no espaço curto mas habitável. Foi uma viagem que veio como furacão, soltaram-se as roupas e as mãos fizeram as delicias de corpos, momentos que ficam guardados num cantinho chamado altar de minha alma, lugar restrito.
Posso recuar no tempo todas as vezes, viver hoje com vista ao futuro, mas olho e vejo que sei está lá na memória de um livro por ainda escrever.
Não foi tudo aquilo que já tive, vivi paixões platónicas e impossíveis, sentado esperei por carinhos, esperei ligações como pedido de socorro, sorrisos doces ou gestos românticos ao acaso, vivi o clássico, o incoerente em que não passaram de palavras amorosas sem serem solidamente firmadas na realidade. Tive ocasiões em que somente as migalhas de relacionamentos curtos foram alimento esporádico, quis tudo isso esquecer por não deixaram de ser cópias e repetições de paixões mal sucedidas.
Mas...
...mas vem o dia em que algo acontece, sem querer o alheio arrebata o altar, não marcou hora para entrar, entrou e ficou lá, meus caminhos tropeçaram nele, e quanto me apercebo vejo que estou de novo arrebatado por um amor que ficou lá, degrau a degrau ele sobe e vai morando no recôndito do meu ser, não houve festas, não teve jantares ou almoços esbanjados, foi um vulcão que entrou e insiste morar lá, mesmo que outros compromissos eu assuma, ele foi forte e teimosamente não quer sair do seu espaço, veio do nada, esse sentimento é diferente, as mágoas do passado vieram juntos e compartilho a tristeza e as alegrias de hoje.
Quão grande é esta história que seus capítulos e fascículos ainda estão para culminar num futuro risonho, amoroso e sem preconceitos, é o amor da minha vida, quiçá até quando longe mas presente.
Mentiria se não esperasse por ele, imaginei-o assim simples e concreto, único e incomparável, sem vaidade e luxurias, simples mas pleno e completo, tê-la a meu lado não passa de deixar de ser sonho, mas quero um dia acordar de verdade e ter seu corpo suado e amado a meu lado como que um culminar de histórias vividas mas reais.
Hoje sim, poderia citar todos os poetas, todos os escritores e dar a homenagem pura de que tudo o que se escreve é real e acredito que num futuro próximo deixarei de escrever porque te terei a meu lado e irei desfolhe-ar teu corpo como um livro ainda por descrever e reler dia-a-dia meu amor.
Valeu a Pena !
... existe quando olhamos o passado,
e dizemos assim;
- Valeu a pena!
Ela existe para vermos que como tem momentos,
tem pessoas que nos marcaram no tempo,
nossa vida ficou perdurada de forma positiva,
que com o passar dos anos deixa a saudade,
e ficam para sempre nas nossas lembranças.
by mghorta
Mãos Trémulas.
Teclo sem razões,
escoam-se promessas,
o Sol escoa no horizonte,
imagens apagam-se,
esvoaçam imagens,
com sabores a saudade,
será um adeus permanente,
perdeu-se a magia,
gostaria te tocar,
olhar as marcas de teu rosto,
secar tuas lágrimas,
afagar teus cabelos desalinhados,
mas minhas trémulas,
suadas de cansaço,
deixam esvoaçar desejos,
na ausência do teu corpo,
a dor aumenta a carência!
Desenhei horizontes
teclando ferozmente,
em páginas desenfreadas,
procurando o amor,
encontrei desafores,
pelas mãos trémulas.
Percorram-se estações,
a Primavera desponta,
algemado aos passado,
recordo como a magia,
acordou em meu ser,
algo que morto estava,
por isso as mãos tremem.
A dor da falta de amor,
fazem fluir palavras sem anexo,
formam poemas desalinhados,
esperando por corpos aninhados,
são apenas mãos trémulas,
procurando por uma vez um só amor.
by mghorta MamasàSolta
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