Seria igual a tantas outras caso eu não estivesse alimentado meu algoz, a minha idolatria extrassensorial que me faz perder vontades Sem sono por ocorrências estranhas Hoje falo da perda momentânea da mulher que tanto amo.
Mora em mim sentimentos que não deveria nutrir Não sei bem gerir o que sinto Mas como sou egoísta neste caso concreto Estou de luto pela parte que me toca Perdido sem ideias e sem inspirações.
Não por me esqueço de ti Também não me ignoras amada Perco-me em retalhos que me definem impotente Numa identidade vã e adulterada que vivo.
Sem teus olhares
Passo a ser um estranho Sinto um desconforto mórbido em mim Nas esquinas mais escondidas dos nossos encontros E como sempre fujo de todas as formas De olhar tuas fotos para que não me afunde mais
Sem inspiração escrevo algo que nem sequer rima Ouço músicas barulhentas para que meu romantismo não acorde Sinto-me distante até de mim quanto mais de ti amada Na minha essência e dedilho sinto falta de aquilo que não posso ter
Minha mente força-me a acordar Não para esquecer meus caminhos Só quero é seguir para novos trilhos que nos levam a amar.
Não pens. .. Penso como seria se pudesse repousar a teu lado Estar sempre contigo Será que meu corpo saberá agir ao momento? E Tu. .. Saberás ler os sinais que sinto de tuas ausências? Quero eternizar estes momentos de tanto te querer Voltarei a escrever, voltarei breve para ti meu amor! Tudo isto são ocorrências de um amor quase impossível quanto a nossa presença diária um no outro.
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Volto de novo ao meu submundo Degustando mais meio cálice de questões Dos quês e porquês de aquilo que me acontece Longe disso já nem sei o que não posso querer Mas sei o que posso ter A minha vida passa atribulada Mas esta vida passa O mundo continuará a existir e o saborearemos e o provamos Quando eu partir deste mundo crasso Extrairão deste texto o meu Epitáfio.
''Não passou de um ser que respirava sem sentido, talvez sem poder.''