27 de fevereiro de 2021

Adentra-me. ..

Teu sexo é como lápis
Com que rasgas meu corpo
Página em branco antes de ti
Teu sémen é tinta derramada
Que marca tua marca quando
Explodes e me tornas poema
O que escreves dentro de mim. .. 

by mghorta (mamasàsolta)



Improbidade.


Não, não te quero fazer sofrer
Não quero teu mal modo algum
Mas em tudo tem mudança
É hora de escolha e seguir
Não estou a fugir nem a abandonar
Somente as forças extras me obrigam
Sendo elas mais fortes que eu
Mentiria se dissesse que não te amei
Acho que te amarei sempre
Hoje a chama que existia esfriou
Não é tão ardente como antes
Guardo os abraços e medos só para mim
Os beijos e cheiros ficarão guardados
Segredos, sonhos, planos ficarão em segundo plano
O amor não se perde, apenas adormece
Não tenho planeado transformar esse amor em ódio
Deixa-me guardar o que melhor nos aconteceu.


by mghorta 



Espero por ti❗❗❗

Espero por ti amor
Braços vazios de nós
Nos soluços onde depreendidos
Nos voos sonhados noite dentro
Minutos que superam as demoras
Desgastam a chama do amor nas horas
Penumbras escuras tolhidas nos recantos
Espectro do corpo tolhido nu sem morada
Reclamando o vazio das noites
Delírios tecidos dos gestos ausentes
Ausência percorrendo o silêncio
Sonhos esmiuçados no vazio das mãos
Na perda das palavras não pronunciadas
Nas lacunas do tempo recente
Num sonho interrompido
Repousar o cansaço na imensidão da noite
Com os sorrisos mórbidos do medo
Na solidão presa em gesto esquecidos
No vento inquietante sem solução
Caminho nas brumas de noite cinzentas
Espero por ti em qualquer manhã enovoada. 

by mghorta



Liberdade.

Somos donos dos nossos actos,
mas não donos dos nossos sentimentos.
Somos culpados pelo que cultivamos,
mas não pelo o que sentimos.
Podemos prometer actos,
mas não podemos prometer sentimentos.
Actos são seres engaiolados,
sentimentos são seres livres.

by mghorta 



13 de fevereiro de 2021

O Propósito da Vida!

Por vezes sinto-me como um comboio com carruagens vazias, outras vezes cheias de sonhos e ilusões bem como choros silenciosos, rodando na linha recta em que algumas vezes com destino e outras vezes sem parar nas estações, tal como uma folha de papel em branco em que nada dá para escrever, ou até mesmo um copo vazio sem fundo.
Mas se eu for parar parta pensar, sou apenas um corpo de massa formado por átomos deste Universo criado sem propósito, sem destino, apenas mero acaso de um orgasmo lá bem atrás nos anos 50.
Procuro a razão da minha existência nos momentos e sentimentos vividos, mas quando apelo para os sentimentos, abro as mãos e nada vejo para ter algo em troca. ..
Como por exemplo, o mero amor de que tanto se fala.
Regra geral, para amar terei que estar sujeito a sofrer, sofrer consequências óbvias dos actos e do passado onde por qualquer motivo o descarrilamento provável interrompeu o trajecto do comboio que sonhei um dia apanhar.
No entanto, sofrer faz parte do sofrimento e com ele a tristeza.
Poderei talvez não querer isso para mim, acho que seria preferível ser dependente disso e quem sabe, parar de viver!
Desta modo acho que a fórmula e o jeito é me conformar, a vida é assim, nasce-se, cresce-se, reproduz-se e no fim morre-se e com o tempo, ninguém mais saberá que eu um dia vivi aqui na terra e com toda a realidade junto de tanta coisa que existia somente nos sonhos de uma mente sequiosa de momentos e sentimentos de altos e baixos.
Por fim, qual o propósito da Vida?
Não sei. ..
Talvez não tenha qualquer propósito, ou talvez não tivesses criado a minha própria razão de viver.

by mghorta 



7 de fevereiro de 2021

Ponto Final!

COM O CORAÇÃO NA MÃO,
MINHA MENTE VOA LIVRE,
LEVE, LOUCO E BICHO SOLTO.
BEM MELHOR, BEM MELHOR
FAÇA DA SUA VIDA ALGO MELHOR,
DO QUE CONSEGUIU DO QUE VIU E OUVIU.
SE EU NÃO BUSCO SER PERFEITO,
TAMBÉM NÃO TENHO DIREITO DE
EXIGIR A PERFEIÇÃO EM OUTROS,
DE FORMA QUE NÃO QUERO QUE
PROCUREM ISSO EM MIM PONTO FINAL!

by mghorta 



Amarfanhados escritos.


Abri minha sebenta velha e muda,
de amarfanhados escritos sem anexo,
e perguntei ao tempo a razão 
de ter apagado tão sublimes palavrões de menino.
Ele me respondeu discordando,
que foi o vento o culpado,
porque nele estavam escritos
as minhas aventuras de menino,
atrocidades amargas da minha puberdade
e as loucuras da minha vida de adulto.
Fecho os olhos e revejo tudo,
abrindo de novo sem pestanejar,
procuro de novo as letras de outrora,
como que procurando saber a razão
de todo o meu sofrimento.
Mas ao ver e reler de novo,
vi que ainda lá estavam os arranhados escritos,
somente a minha leitura de hoje,
razão do vento tem outros sentimentos.
Fecho de novo os olhos,
avivo os meus pensamentos e vejo,
pecados de memória sã,
outros de pecados atrozes,
pela sala voam fantasmas recentes,
anestesiados desejos cálidos,
moças no meu corpo deitado,
com pensamentos de Amor.
Sinto na pele a macieza de tuas mãos,
renego os impulsos satânicos de prazer,
porque leio na sebenta meus instintos loucos,
de gritar alto a qualquer momento,
para te dizer que te Amo.
Não foi o tempo de sopro triste,
não foi as palavras mal escritas em adolescência,
mas foi o vento que levou as palavras até ti,
para que nelas sintas o carinho que te dedico Amor.


by mghorta



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