7 de fevereiro de 2018

Desilusões!


Com o passar do tempo percebi a relatividade das coisas, atitudes, opiniões e conceitos, como também aprendi que a própria vida é ilusão, e tudo não passa de ser vão.
Olho o horizonte e vislumbro desilusões, mentiras e fragilidade nas coisas que fiz, fui tão frágil e tão inconsequente, insensível quanto baste para não me tornar forte nas verdade que vivi e deixei de viver.
Tornou-se doloroso a dilaceração dos meus dogmas, jogado como brinquedo num inferno particular.
Este inferno é como prisão constante, semelhança com a morte porque o estado da vida  imaterial é uma constante luta pessoal, árduo e pecaminoso tanto baste para não sair de um doloroso estado penoso.
O que fiz, não fiz e ficou por fazer, não passou de ilusão, foi mais as desilusões do que ter saído de um estado glorioso, vitorioso, enfim... desiludido com tudo o que fiz.
Porém existe ainda a verdade que dentro de mim, nas estranhas de minha carne esperança de que os caminhos tortuosos e pecaminosos sejam o mínimo daquilo que ainda poderei esperar de um futuro que nada seja um pouco mais risonho do que a futilidade acrescida de ter perdido no passado, olhar talvez com outros olhos o presente e aguardar ventos de mudança.
Embora este caminho seja espinhoso, explorar-me e aceitar as condições, será mais fácil atingir um estado de graça do que caminhar, mas como Salomão frisou: ''Nada mais quero... deixa-me entrar e cear juntos.''

by mghorta  (mamasoltas)



20 de janeiro de 2018

Louco!

Corpo tolhido, estranho, rijo que nem pau, fogoso como que fogareiro ambulante, espirituoso sem paciência para romper pensamentos incapazes de retê-los.
Cabelos grisalhos, curtos e sedosos, sombreando quando andando, animado e risonho, sempre ruidoso, segundo os outros, mais um louco!
Opinando apatia jamais tentando o entender, passava a vida desandando de lado para lado, uma vezes namorando outras vezes desejando, umas beijando outras vezes lamentando, salvo algumas excepções, nas horas certas arranja forma de sumir deixando todos boquiabertos.
Mentalidade mundana que destoava dos demais, nada tinha praticabilidade aplicável, guardava cicatrizes indeléveis, em vez de toar beleza, só servia para lamentar.

by mghorta (Louco!)

Vivo!

Reúno-me vivo
desmontando-me 
em teus lábios...

Sou teu corpo
querendo junto
tudo que é teu...

Na essência
soletro a Vida
de nossas vivências...

Noites soltas
réstias de desejos
em tuas entranhas...

Dou-te de mim
matando-me
para te viver...

by mghorta (mamasásolta)




28 de dezembro de 2017

Cai Chuva...

Cai chuva, cai
traz-me a minha infância
e com ela o odor do molhado
sobre a terra e os musgos verdejantes
bem como a solidão da minha aldeia
e a melancolia dos dias sombrios
aquecidos à lareira...

by mghorta


Perdido!

Passado!

Queria subir ao monte com tudo o que tenho guardado,
queria ter forças imaginárias para tal fardo levar comigo
tão pesado que duvido ter as forças necessárias para isso,
passam anos e o monte está intangível que o topo não vejo,
recuei ao passado procurar forças e perdi noção do tempo,
e agora como subir?

by mghorta


Inacabado!

Verbo inacabado
ou verbo prenhe,
tom das folhas amareladas
chuviscadas com chuva,
serei eu ou não sou!

by mghorta (mamasàsolta)

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