7 de março de 2017

Lembranças!

''LEMBRAR É FÁCIL PARA 
QUEM TEM MEMÓRIA,
ESQUECER É DIFÍCIL PARA 
QUEM TEM CORAÇÃO.''

Shakespeare


6 de março de 2017

Inferno!

Por muito que queiramos dizer não, ele existe aqui ao nosso lado, a tristeza e a solidão de mãos dadas, por isso acordo com a sensação de um vazio tormentoso, não encontro forma de explicar isso, mas fica pairando no nada toda essa certeza.
Sim é capaz disso mesmo, faltar algo no ar!
Mas como poderei chegar a esta conclusão?
Será que em todos estes anos me está faltando algo?

Simplesmente não tenho formula de explicar a razão disso, assim apenas me resta aguentar o vazio desta minha solidão. Da mesmo forma que concluiu que me falta algo, seja ar ou vivência, fico atroz-mente com falta de ar.

A correria que levei em todos estes anos, fico com a conclusão que tudo foi vão, até os sorrisos que posso esboçar tem a tonalidade amarela, perdeu o colorido da vida. Complexidade do esquecer não é assim tão simples, mesmo que eu diga que tudo está bem, tudo é nulo e complexo.

Porque o coração não dói, não posso dizer com a plena certeza que estarei doente, tudo é complicado em demasia para explicar.  Mera ilusão dizer que nada me falta, nada não é nada e a falta fala, tem uma linguagem universal, porque todos sentimos falta de algo e não poderemos excluir isso de nossas vidas, por isso teimo em dizer que me Falta Algo.

Acho que encontrei a razão destas linhas que teimosamente tento escrever de tempos a tempos, acho que sim, acho que é a tristeza que me invadiu por completo meu interior, meu ser está só e minha alma invadida por uma solidão enorme que me consome como braseiro quente ao género de Inferno.

Sinto-me ardendo, minhas entranhas com marcas e cicatrizes que nunca mais sumirão de mim, a dor e marcas ficarão para sempre eternizadas com minha solidão infernal. Minha carne fraca não sabe mais a leveza da alegria, mesmo que ela me bata à porta, não sei se serei capaz ou terei a sensibilidade de a recolher, é esta a dor que mais me atormenta e nem sequer tem explicação para tal decisão, ela vem como Tempestade arrebatadora que a minha condição humana se sente incapaz de a receber porque a solidão é de anormalidade tamanha.

Depois da tempestade vem a bonança, mas teimo em escrever no mais recôndito interior da minha alma, pensamentos, verdades, mentiras, histórias e sonhos. Uma forma que me escraviza neste inferno de solidão, criando momentos de reflexão e introspecção prevendo situações e coisas que nunca mais terão acontecimento.

Finalizando, o mundo gira lá fora, tem a sua mutação própria, palavras e actos ficam, ficaram e ficarão, de certa forma mostrando a imparcialidade das coisas ímpares que em breve serão coisas do passado, não por mim, não pelas teclas que teimo teclar, não pelo meu Dom solto, mas pelo Dom que todos temos e teimosamente queremos continuar, só que a solidão nos arrebata de certa forma que somos humanos fragilizados esquecidos num canto infernal.

by mghorta 


Identidade!

Este desespero que respiro
tem identidade,
a intranquilidade que me abraça 
tem identidade,
esta tempestade que me beija
tem identidade,
este desassossego que me fala
tem identidade,
esta crueldade que me silencia
tem identidade,
estes tumultos que me apavoram
tem identidade,
todos os sonhos sonhados
e os que ficaram por sonhar
tem identidade,
poderia desbravar teu coração
com todo o tempo que a alma
me concedeu debaixo dos
momentos compartilhados,
mas nossas identidades
por muitos tumultos vividos
jamais poderão ficar juntos.

by mghorta

Despedida.

Nunca sei encontrar as palavras certas para me despedir de ti, fico sempre com um vazio frio dentro de mim com medo de uma palavra que terei dito ou não dito, fico com a impressão de um mal-entendido solto que faça tremer tudo que se passou por nós num vazio inexistente, como gota de água solta em telhado desesperado.

Não sei me despedir de ti nos poucos momentos juntos, sou como palmilhante atravessando as multidões sofridas num mundo caótico sem amor.

Como um cego tacteando pelos paralelos da vida, não sei me despedir de ti, faltam as palavras para dizer mais algo que o simples toque de mãos e lábios ávidos de um beijo prolongado.

Soterrado de pensamentos da nossa história, não consigo afastar-me de tudo o que és.

Num vazio inexistente, despedir-me de ti é como algo que parte de mim para uma caminhada no nada.

by mghorta 

4 de março de 2017

Mesmo que imperfeito!



Toma-me e abraça-me,
preciso de tua protecção,
deixa-me te amar,
seduz-me com  mimos,
cobre meu corpo de caricias,
beija-me por inteiro,
delicia-te com minha imperfeição,
deseja-me com malícia,
enrosca-te no meu colo,
fico louco com teu calor,
quero cavalgar teu corpo,
quero extravasar tesão em ti,
sentir-te por inteira,
dentro de mim e eu em ti,
terminamos o acto,
mesmo que imperfeito,
vamos terminar em delírios. 

.
by mghorta  (mamas à solta)



Sou um Tolo!

Eu sou um tolo por te querer
Eu sou um tolo por te querer
Por querer um amor que não é verdadeiro
Um amor que está lá para outros também
Eu sou um tolo por te prender
Um tal tolo por te prender
Para buscar um beijo não só meu
Para partilhar um beijo que o Diabo conhece
E outra vez eu disse que a deixaria
E outra vez eu fui embora
Mas aí viria o tempo que precisaria de ti
E mais uma vez estas são as palavras que tenho a dizer
Me aceite de volta, eu te quero
Tem pena de mim eu preciso de teu Amor
Eu sei que é errado, isto deve ser errado
Mas certo ou errado eu não posso continuar
Continuar sem ti apesar de ser Um Tolo!


I'm a Fool to Want You - Frank Sinatra  (mamas à solta)


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