13 de dezembro de 2016

Tuas Mãos!

Tuas Mãos recordo-as
como folhas caídas de Outono
tremulas como meu corpo
como silêncio cor de escarlate
lembrando o Choro da ausência!

by mghorta

Nu nos teus braços!



Jogo-me nu em teus braços solidários braços,
escrevendo meus desejos nas tuas vontades,
em cada curva desse caminho sem volta,
levando-me no rastro dos
teus afagos...

Declamando a tua forte poesia,
pelos meus cantos em demasia
na pausa latejante de teu verso
fazemos amor de modo perverso...

Em poemas molhados de abraços,
Guia a língua que lava o sexo,
a tua boca que me beija louco
na fusão de nossos braços...

Entregue nas tuas mãos de pecado,
ao som dos teus sussuros rimados
Sinto o teu prazer amanhecer,
no brilho desse teu olhar parado...

Na ousadia deliciosa de teus gestos
Declamamos mais uma vez nosso acto de amor
Em convulsões carnais, um cansaço, manifesto,

Descansamos exaustos, eu e tu nos teus versos...

by mghorta 


4 de agosto de 2016

Outra Vez!


Imaginas o que me vai na alma?
Uma vez penso que sim,
outras vezes penso que não,
outras tantas vezes nem fazes ideia!
Ainda penso em ti,
meus pensamentos fogem
quando quero manter-me distraído.
Quando se olhamos um no outro,
meus olhos viram de direcção,
cuidadosamente porque não sei
o que poderá acontecer de novo!
Da ultima vez que fiz (zemos) isso,
apaixonei-me por ti. ..
Não, tu não fazes ideia disso!
Quer que fiques ou que vás,
quer que regresses ou esqueces,
nunca deixarei de me sentir ou sentir-te.
Quer que sejas feliz longe,
quer que outro te faça feliz,
ninguém apagará nossa história.
Quer que me deixes em paz,
nunca me esquecerás de vez.
Esquece-me outra vez,
apenas outra vez,
ou então esquece-me de vez.
Éramos nós outra vez,
mas repara no que nos aconteceu!
Desditoso tempo que nos fez esquecer,
malditos olhos que caçaram os teus,
tu esqueces-me outra vez,
um pouco de cada vez,
eu esqueço-te de vez,
por fim esqueço-te outra vez. ..

by mghorta (citando Mamas À Solta)


27 de julho de 2016

Foda-se que é anónimo!



Desejo que tudo se foda,
por isto e por aquilo,
que se fodam todos,
não me fodam mais,
se faço porque fodo, 
se escrevo porque fodo,
não escrevo  fodido estou,
quero é que todos se fodam,
a mim não me fodam mais.
Anónimo é fodido,
anónimos se fodem,
anónimos guerreiam em vez de foder,
mas a mim não me fodam mais,
fodam-se mil vezes.
Centenas de leitores,
milhares de olhares,
só me fodem os anónimos!
Negros e negras fodem,
brancos e brancas fodem,
amarelos e amarelas fodem
ricos e pobres fodem,
gritam e rejubilam a foder,
a mim só me fodem os anónimos,
fodam- se que é demais!!!

by mghorta (citando by mghorta)


Fronteiras!


O amor não tem fronteiras,
imaginar e explicar é dicionário,
mas como tudo tem explicação,
se existe vazios sem razão,
estou cansado de ser iludido,
meu ser e meu modo de estar,
só encontra fim quando te encontrar.

Se estás sozinha e com medo de sonhar,
o amor não tem fronteiras e isso posso afirmar,
se esperas estar a meu lado,
não seja o acaso a tomar conta do sonho,
deixa-te princesa minha de sonhar.

Foi na Internet que te encontrei,
vieste de mansinho e eu me entreguei,
sabia que não podias falar,
mas foste tu que obrigas-te a declarar,
dizias-te apaixonada e disposta a entrega,
não vou pensar duas vezes, quero te encontrar.

Hoje até os dias são difíceis,
saudade, carinho e até do beijar,
pior que tudo é não ser fácil de aceitar,
enfrentamos a distância e estatutos,
no entanto e na simplicidade
espero dar conta do recado.

O amor não tem fronteiras,
de certezas os sonhos falam,
que na verdade somos dois apaixonados.


by mghorta (citando by mghorta)


Cansado. ..



... tem dias em que estou super cansado, stressado e quando tento pegar um sono repousante, eis que toca o telemóvel, já me habituei a desligar, mas hoje ficou comigo e zás-trás-pás, dois anónimos e um identificado. 

Poderia ser alguém que precise de ajuda, mas porque eu devo ajudar quando eu sou um dos muitos que deviam ser ajudados e ando a penar?

Pensava eu, tomei as drogas e vou dormir como um anjo, recarregar as baterias e amanha que promete estar sol de tarde dar uma voltinha para aí e recordar; ''que é que você vai fazer domingo à tarde...''

Pois não, estou pior que um jumento desencarreirado que fiquei quase para matar alguém, e só não mato porque não tenho nada à mão, o desgraçado do télélé é que pagou as favas que foi parar ao chão.

Mas juro se me ligarem amanha de novo cedo, prometo que fico sem dó e dou um tiro em alguém...





Sanidade!


Carrego em mim os genes da leviandade, nos ombros o peso insaciável de amar, o constante desejo de ser preenchido, completo, seduzido.
O mundano parecer quando a entrega é total, ao fugir da noção da realidade, com o passar do tempo solto as amarras da vida para enterro de paixão e tesão.
Tenho em mim os genes do amor, adoro corpos estropiados pelo sexo, os fortuitos momentos do pecado sem freios e pudores.
Amo corpos sexuados, adoro o odor característico que se solta da pele suada das amantes. Amo os corpos perdidos em partilha, desprovidos, perfumados, nus, justificados pelo desejo, opulência e volúpia.

''Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.''
                                                                                                         (Edgar  Poe)

by mghorta (citando by mghorta)


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