Perguntei se um estranho te convidasse para beber um café, e tu respondeste que não, não era um estranho, era um amigo, era um feio, era mais... não importava o que era, o que importava era uma pessoa com sentimentos e amoroso.
Se não era amor, era maravilhoso o pôr-do-Sol, ou o anoitecer e as sextas-feiras compartilhadas em uno, passeios de mãos dadas à beira-mar, noites longas com promessas comuns em que seríamos um só num breve amanha.
Se não foi amor, foi calores do momento, tomara que esse quente durasse para sempre.
Foi amor na varanda olhar o pôr-do-Sol no horizonte e ver as luzes da noite a testemunharem a nossa promiscuidade.
Foi amor na porta e no pilar da casa, as esfregas corporais e os aiiii'sss sentidos e queridos, bem como consentidos.
Foi amor o tempo e os olhares com rebentar de foguetes na janela, todo o tempo que estivemos juntos, quer no chão ou no vão das escadas, quer ao relento quer sentados, foi amor prometido e querido.
Se não era amor, era gostinho do bom servir de copo, um bom vinho e horas de conversa jogada fora mas comprometidas.
Era pura sintonia tua e minha, ó meu Deus... como parecia Amor!
Os nomes que soletramos enquanto dormíamos abraçados, embalados no silêncio da noite, sem sono mas cansados por causa do... amor!
Se não era amor, era parecido com algo maior, era muito melhor que Amor.
Era a força da saudade que nunca acaba, era a paz do coração quando se ganha o que precisamos, era sorrisos verdadeiros, era a vontade presente, pulsar de corações, chamamento de ambos os corpos, era prisão de promessas, era o querer ficar sempre um só.
Se não era amor, era doce e amargo, por vezes salgado de lágrimas com gosto prazenteiro de saudade que não cabe mais no meu peito.
Se era amor, adormeceu, aquietou-se, era tão doce que acabou amargo.
Mas todos viram que era amor, era real, ninguém o nega, só tu amor é que não o sabes. .. Que Era Amor!