17 de abril de 2015

Persona non Grata.


Foi o bastante em momentos que se esfumaram no tempo para saber quem Tu na verdade és, porque é pura verdade que a insegurança e a mistificação dos teus actos não passam de uma atrocidade viva do teu interior vazio e sem rumo.
Por aquilo que escrevo, sejam devaneios ou momentos que no passado tiveram ou ainda mantêm viva a minha personalidade, a que me sempre acompanhou nos dias em que me tornei na pessoa que sou, sem qualquer vaidade porque a vida fala por mim, e sem qualquer arrependimento posso afirmar que sou o oposto de aquilo que me acusas Tu.
Estou com uma dor horrível no peito de saber agora quanto e mal empregue o tempo que gastei para saber da verdade, da tua personalidade perdida no vasto tempo em que pensas que és alguém, quando na verdade não deixas de ser um farrapo humano que anda sem rumo aqui ou até mesmo na vida real, não tens lugar próprio para estar e muito menos sabes do que falas ou do que me acusas Tu.
Ponderei em me calar, ou até esquecer as coisas, mas não, não poderia passar por alto tão vil e infame acusação vinda de alguém que penso que tem cultura suficiente para saber o que diz e fala, até porque tem uma personalidade a defender do que andar como se a vida fosse brisas do tempo jogadas sem marcas em ti, olhando-te bem de frente cheguei à triste conclusão que foi uma autentica desilusão o tempo que perdi em te conhecer, e até fico com pavor que teus avanços e recuos ainda tenham efeitos no futuro.
Mas ao mesmo tempo não deixa de ser engraçado recuar no tempo e ver meu passado, alguns erros no caminho mas reparados, também reparei nele que me jogaram pedras por não saberem quem eu era, agora sem mesmo eu querer me prenunciar assim, chego à triste conclusão de dizer que Tu és persona non grata na minha caminhada futura, nem mais poderei até querer olhar para a tua triste figura de farrapo humano em que te tornas-te Tu.
Reconheço em tudo que passou teve momentos bons, uns altos, outros baixos e depois de tudo esmiuçado nada tinha de conteúdo, mas que mais posso eu dizer, a sociedade moderna é assim, os mais fortes prevalecem seguindo e os fracos de espírito o castigo.
Sou um ser humano que muitas vezes caiu em suas fraquezas peculiares, levantei-me tantas como as que caí, mas quem és TU abaixo do céu para me julgares? Quem és TU para me condenares?
Olha-te no espelho e no dedo que me apontas, pondera no acerto dos outros quatro que te apontam criatura!

by mghorta




16 de abril de 2015

Horrível Sanidade.





Carrego em mim os genes da leviandade, nos ombros o peso insaciável de amar, o constante desejo de ser preenchido, completo, seduzido.
O mundano parecer quando a entrega é total, ao fugir da noção da realidade, com o passar do tempo solto as amarras da vida para enterro de paixão e tesão.
Tenho em mim os genes do amor, adoro corpos estropiados pelo sexo, os fortuitos momentos do pecado sem freios e pudores.
Amo corpos sexuados, adoro o odor característico que se solta da pele suada das amantes. Amo os corpos perdidos em partilha, desprovidos, perfumados, nus, justificados pelo desejo, opulência e volúpia.

''Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.''
                                                                                                         (Edgar  Poe)

by mghorta  (Mamas à Solta)


Soneto Esdrúxulo.



Satírico, disléxico e utópico 


retórico, romântico e errático 


serigráficos, anárquicas, enfáticos 


verdadeiro, autêntico, entrópico 


sacrilégio, diferente caótico 


geométricas, fac-símiles simbólicas 


cleptomaníacos católicos espíritos 


morcegos, os astrónomos, assimptótica 


maníacos satânicos cianeto 


cilíndrico elvense e o sonho 


negrito, aracnídeos e táctica 


 anelídeos esófago e similares 


dentro de partículas esféricas 


asmáticos diabólicas e rítmicas.


(Mamas à Solta)


Traição!


Alma é triste, muito triste
de uma pobre traidora,
esgueira-se como cobra na sombra,
entre ruelas sujas e corredores.

Sua vida é se escondendo,

sem vergonha ou identidade,
iludindo as pessoas
fingindo afectos ou lealdade.

Usando mascaras, fazendo lipo,

encena papéis ateatrado,
nos apeadeiros da vida,
fazendo papel de palhaça.

Esquece-se que o tempo passa depressa,

quando acorda apercebe-se só,
deixando nas curvaturas do caminho,
o amor e a família sem dó.

by mghorta  ( Mamas à Solta)



Olhos perdidos de desejo...




-
... perdido em teus espaços,
pele rosada de tuas coxas,
palavras soltas de tua boca,
singular mulher louca, 
na sombra de meus receios,
de uma beleza sem igual.

Sorrisos rasgados no prazer,
em lágrimas de alegria,
um passado escondido desejado,
ousados momentos,
gritados numa insana loucura,
para que mais ninguém saber.

Leio-te entre linhas,
palavras masturbadas,
pintadas em arco-íris,
decoradas em pétalas de flores,
nesses olhos lavrados de desejo.
no nosso amor que detinhas.



by mghorta  ( Mamas à Solta )




De Preto e branco


Amada minha...



Amada minha,
que andas pelas fendas das penas,
no oculto das ladeiras,
mostra-me o teu semblante,
faz-me ouvir tua voz,
porque a tua voz é doce,
e o teu semblante formoso.

by mghorta  ( Cânticos de Salomão )


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