1 de abril de 2015

Par ou Ímpar!


Vida sem par é ímpar,
pior que a guerrilha
é não ter Vida a dois,
seria tão boa como querida.

Escolher ficar junto ou só,
é como pão ou broa,
emoção, sorte ou calor,
cada um tem com o desamor.

Ambos poderíamos combinar,
como o 'C' para a cedilha,
juntos ou separados,
poderia grudar ou desenvencilhar.

Quero entender ou perceber,
sou momentos descritos na cartilha,
tanto faz perto ou distante,
sou elemento desta louca armadilha.


by mghorta




Essência.


Que eu nunca perca esta vontade,
de gastar letras do teclado,
até mesmo a tinta da caneta,
são palavras escritas do fundo do coração,
deixa-me doar estas palavras,
mesmo sabendo que serão submetidas à prova,
pois basta que as avalies de outra forma ou ângulo,
deixa-me escrever ouvindo o meu chamar por entre as palavras,
pois é aí que se encontra a essência do nosso querer.

by mghorta


Fotografias Amarelecidas!


Tuas convicções, tuas energias não conhecem anos nem idade, teu espírito é a arquitectura  de qualquer teia de aranha.
Por trás de cada linha de partida, terá outra de chegada, atrás de cada trunfo tem outra cartada, outro jogo outra jogada.
Enquanto vivo, sinto as saudades do que fiz, de tornar as repetir, correndo os riscos e não ter que viver de fotografias amarelecidas pelo Tempo.

by mghorta




Dá-me um feedback por favor!



Um pormenor, uma essência talvez, que jamais serão revelados aos olhos de quem não os quer ver, porque quem neles acredita vê toda a essência maravilhosa que existe por trás de um grande mistério.

C.S.


Leva-me...



Resgatando os meus pensamentos,
que levas-te quando partiste,
o mar que beija a areia,
leva-me a imaginar teu beijar,
o azul deste céu que parece teu olhar,
as gaivotas que ao passar deixam rasto pela areia,
rasto esse que leva-me a imaginar, 
por onde andarás tu!!!

C.S.


Eu quero Amar, Amar perdidamente...


Eu quero amar, amar perdidamente,
Amar só por amar; aqui... além...
Mais esta e aquela, a Outra e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
durante a Vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada Vida,
é preciso cantá-la assim florida,
pois Deus nos deu a voz, foi para cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada,
que seja a minha noite uma alvorada,
que me saiba perder... para me encontrar...

Florbela Espanca


A vida tem tantos porquês, que por vezes desvalorizamos as coisas que nos se apresentam de uma forma tão singela, que duvidamos de tudo e do nada
Simplesmente usamos as coisas, correndo riscos de as perder, mais tarde conscientes de que já não as possuímos mais, corremos loucos para os perdidos e achados e encontramos um letreiro:
''Lamento, deixas-te livre parte da tua vida, houve alguém que a encontrou e a valorizou, jurou não a querer devolver...''

É assim que nos percebemos o que é o Amor, quão difícil o é construir, a facilidade de uma simples palavra para o destruir e para nunca mais o erguer.
A outra Vida, essa continua independentemente de um dia querer ou não amar, apenas segue nas entrelinhas, independentemente da ausência de um do outro, do vazio de não possuir, no seguimento do trilho do não prazer de a voltares a usar!
No final de tudo não deu certo, de que vale continuar a lutar e a desejar?

Não deixa de ser impressionante como que depois de muitas noites mal dormidas, sonhadas e perdidas, entre reticências, pontos e virgulas, encontrar energias para dar corda à Vida e deixar que ela continue um dia de cada vez, muito longe do tal conceito de que é amar, tal como se aproxima o dito de Espanca;

''Eu quero amar, amar perdidamente,
Amar só por amar; aqui... além...
Mais esta e aquela, a Outra e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!''

by mghorta


30 de março de 2015

Sem retrocesso.



Melhor que ninguém para descrever a funesta consequência que um ciume doentio pode provocar, são dois trechos de Cervantes.

Vejamos:

  1. ''As grandes paixões, aquelas que chegam de repente, sempre trazem consigo suspeitas''.
  2. '' Se o ciume é sinal de amor, como querem alguns, é o mesmo que a febre enfermo. Ela é sinal de que ele vive, porém uma vida enfermica, maldisposta''.

Não te condeno por ter ciumes, mas quando exageradamente o demonstras é como podar a vida social de quem te admira, criando um fosso entre ambos levando a que a relação comece a denegrir, dando base ás hipóteses de uma mente fantasiosa e criando retrocesso no que desejaríamos.

Com o tempo aprendi que quem quer segurar algo fluido nas mãos, é como deixar passar a água pelos dedos. Pega uma taça com a mão e abriga nela o fluido liquido que desejas guardar, ele se transformará para teu deleite independentemente do seu teor.

O síndroma de Otelo, personagem de Shakespeare, é a figura que tens feito até agora, acabas por matar o amor que em nós existe, depois chorarás para sempre quando souberes que sempre te fui fiel, no entanto me perdeste para sempre.


Tuas percepções da realidade fazem instintivamente desencadear actos danosos, porque teu ciume doentio impera nos teus momentos, tua mente assume teorias conspiratórias fazendo tormento em copo de água onde não existe qualquer tempestade.

Olhando para trás nos séculos, temos a tragédia grega mitológica  que nos dá um ciclo como tratar isso. 
Édipo matou seu pai Laio e se casou com a amada Jocasta, entretanto descobre que ela era sua mãe. Por sua vez Édipo fura seus próprios olhos como tentado se interiorizar, Jocasta comete suicídio. 


O ciclo ciumento pode não ter fim, talvez até mesmo sem solução, na tragédia grega arriscamos a exemplificar que nos arriscamos a viver pecando, e com ele (pecado) nos vamos matando.




Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...