1 de abril de 2015

Eu quero Amar, Amar perdidamente...


Eu quero amar, amar perdidamente,
Amar só por amar; aqui... além...
Mais esta e aquela, a Outra e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
durante a Vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada Vida,
é preciso cantá-la assim florida,
pois Deus nos deu a voz, foi para cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada,
que seja a minha noite uma alvorada,
que me saiba perder... para me encontrar...

Florbela Espanca


A vida tem tantos porquês, que por vezes desvalorizamos as coisas que nos se apresentam de uma forma tão singela, que duvidamos de tudo e do nada
Simplesmente usamos as coisas, correndo riscos de as perder, mais tarde conscientes de que já não as possuímos mais, corremos loucos para os perdidos e achados e encontramos um letreiro:
''Lamento, deixas-te livre parte da tua vida, houve alguém que a encontrou e a valorizou, jurou não a querer devolver...''

É assim que nos percebemos o que é o Amor, quão difícil o é construir, a facilidade de uma simples palavra para o destruir e para nunca mais o erguer.
A outra Vida, essa continua independentemente de um dia querer ou não amar, apenas segue nas entrelinhas, independentemente da ausência de um do outro, do vazio de não possuir, no seguimento do trilho do não prazer de a voltares a usar!
No final de tudo não deu certo, de que vale continuar a lutar e a desejar?

Não deixa de ser impressionante como que depois de muitas noites mal dormidas, sonhadas e perdidas, entre reticências, pontos e virgulas, encontrar energias para dar corda à Vida e deixar que ela continue um dia de cada vez, muito longe do tal conceito de que é amar, tal como se aproxima o dito de Espanca;

''Eu quero amar, amar perdidamente,
Amar só por amar; aqui... além...
Mais esta e aquela, a Outra e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!''

by mghorta


30 de março de 2015

Sem retrocesso.



Melhor que ninguém para descrever a funesta consequência que um ciume doentio pode provocar, são dois trechos de Cervantes.

Vejamos:

  1. ''As grandes paixões, aquelas que chegam de repente, sempre trazem consigo suspeitas''.
  2. '' Se o ciume é sinal de amor, como querem alguns, é o mesmo que a febre enfermo. Ela é sinal de que ele vive, porém uma vida enfermica, maldisposta''.

Não te condeno por ter ciumes, mas quando exageradamente o demonstras é como podar a vida social de quem te admira, criando um fosso entre ambos levando a que a relação comece a denegrir, dando base ás hipóteses de uma mente fantasiosa e criando retrocesso no que desejaríamos.

Com o tempo aprendi que quem quer segurar algo fluido nas mãos, é como deixar passar a água pelos dedos. Pega uma taça com a mão e abriga nela o fluido liquido que desejas guardar, ele se transformará para teu deleite independentemente do seu teor.

O síndroma de Otelo, personagem de Shakespeare, é a figura que tens feito até agora, acabas por matar o amor que em nós existe, depois chorarás para sempre quando souberes que sempre te fui fiel, no entanto me perdeste para sempre.


Tuas percepções da realidade fazem instintivamente desencadear actos danosos, porque teu ciume doentio impera nos teus momentos, tua mente assume teorias conspiratórias fazendo tormento em copo de água onde não existe qualquer tempestade.

Olhando para trás nos séculos, temos a tragédia grega mitológica  que nos dá um ciclo como tratar isso. 
Édipo matou seu pai Laio e se casou com a amada Jocasta, entretanto descobre que ela era sua mãe. Por sua vez Édipo fura seus próprios olhos como tentado se interiorizar, Jocasta comete suicídio. 


O ciclo ciumento pode não ter fim, talvez até mesmo sem solução, na tragédia grega arriscamos a exemplificar que nos arriscamos a viver pecando, e com ele (pecado) nos vamos matando.




29 de março de 2015

Porque bebo!


Se não estou a ficar louco,
pouco vai faltando mesmo,
mas digo com franqueza,
passei a gostar desta loucura.

Louco pelo silêncio,

louco por amores,
que até confundo com amizade,
mas creio que não!

Mentiria se dissesse que não sonho,

és parte de meus pensamentos silenciosos.

Já não adianta dizer que estou apaixonado,

mas tudo o que esperava de ti,
deu em nada...
... nem tudo deu errado,
porque continuamos amigos
assim cresce sentimentos por ti.

Bebo para esquecer,

mas os sentimentos são mais fortes,
e no coração ninguém manda.

Como sonhos comandam a vida,

sentado vou degustando orando a Bacus,
tudo dependente do futuro e tu!!!

by mghorta  (citando mghorta em Mamas à Solta)



28 de março de 2015

Correr riscos de Amor.


O amor é tratado como coisa banal, que até estamos sujeitos a estarmos enganados se pensarmos que  o amor é frágil, é algo que até os mais fracos e os realmente fortes e dotados de controle emocional não podem descartar e ficar imunes às desventuras do amor.
Tal e qual como o presente, aceitar desafios e correr riscos na aventura de amar, é somente acessível para pessoas corajosas.
O amor exige a todo o momento de nós o que a maioria dos envolvidos não está adequados ou dispostos a ter: maturidade.
Avaliar a nossa maturidade nos dá a força e adaptação para amar a valer, porque amar alguém é lindo, é maravilhoso sentir, entretanto é algo que deveremos ter em conta a todo o momento, carece de sentinela permanente pois o amor não sobrevive apenas aos pontos altos, os maus momentos também devem ter conta na verdadeira e forma de amar, aqui somente os aptos de amadurecimento sobrevivem às intempéries e constâncias da arte de amar.
É muito fácil amar quando tudo está bem, difícil é amar quando os riscos do amor começam a trilhar caminhos que de uma forma ou outra são motivos para cair, aqui é que devemos manter o equilíbrio certo e nas escolhas que fazemos para prosseguir com êxito para a outro estado em que somente a doçura do amor que existe em nós poderá complementarmos na plenitude do desafio que sabermos amar de verdade, saber amar é uma constante na arte de saber Amar.
Desta forma não poderemos sermos tolos, fracos ou ingénuos por termos depositado em alguém a esperança de que o amor prevaleça sem termos a plena confiança de saber amar, mesmo que esse alguém indiferente-mente não o tenha merecido, sejamos fortes para conseguir tirar dela o melhor que o amor possuiu.
Muitos no mundo cheio de atrocidades e desamor, pagariam o preço verdadeiro para ter a coragem existencial para viver o amor que temos, não ter vergonha de assumir, ter a nobreza de se expor ao amor, porque somente os nobres de coração estão dispostos a correr os riscos de amar verdadeiramente.

by mghorta


Saudades!


Assumir uma saudade é um acto de coragem, caso não a manifestemos (saudades) corremos o risco de cair em ciladas tais como a indiferença, a raiva e o desamor, aqui esses sentimentos magoam mais que uns estalos na face, pois fazem desaparecer as boas lembranças de tudo que foi importante em nós, de tudo que era belo, laços que um dia consideramos como eternos...
Já a saudade, essa corrói de dia e noite, o corpo, a alma, o coração entristecem de uma forma que ficamos duros, por reconhecermos que as pessoas que passaram nas nossas vidas não são descartáveis, algumas dessas pessoas fazem parte da nossa história de vida, sejam novas ou até mesmo passadas, todo o jeito de que foram pedras no nosso quotidiano, trouxeram pedacinhos delas que ficaram sequelas em nós para todo o sempre, desta forma anulamos todas as tentativas do esquecimento desses marcos que são num dia  motivos para termos saudades. 

by mghorta 


Sonhos...


Pelos sonhos vamos,
mudos e comovidos.
talvez chegamos ou não,
tenha ou não tenha razões,
pelos sonhos que sonhamos,
basta a fé no que temos,
basta a esperança nas coisas
que talvez nunca teremos,
damos a alma com alegria
no desconhecido do dia,
talvez chegamos ou não,
somos, partimos e vamos...

by mghorta   (citando Sebastião Gama)


27 de março de 2015

A ponte é uma passagem...



... as palavras 'Ir Embora'  que deveriam ser de alivio, são quase sempre interpretadas pelas pessoas e pela sua mente de uma forma tão baralhada que causa um efeito de total desconforto, tal como uma flecha sem misericórdia no peito de quem as professa, tal como passar a ponte para a outra margem.

by mghorta




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