13 de fevereiro de 2015

Gentileza.


Tenho recebido poesias de minha amizade, com poemas que fazendo-me flutuar nas nuvens densas do sonho
Sinto-me bocejado com tanta gentileza para comigo, dado que até me apercebo dos dias, horas ou minutos que passam como locomotiva rápida.
Nos fragmentos da vidraça quebrada do meu coração, sinto o carinho da amizade nos trilhos de minhas veias, como que indagando até onde seguirá a carruagem de tanta gentileza.
Debruçado na janela do luar, mirando através da cortina a paisagem se estendo pelas colunas do possível, poesia de meninice  que se distinguem com o bater de asas dos amigos, fazendo com que meus pés perseguisse o futuro.
Na sombra do túnel vou escrevendo meu destino, sou escritor de alma de Outono frio, canto versos de folhas caídas, sinto saudade em tudo que é simples.
Sentindo-me homem, útil, amado, amigo, admirado, vou querendo ler sorrindo, mesmo que me sinta distante entre o destino e o silêncio, vou agradecendo a gentileza.

by mghorta


Esbarro-me!

 Esbarro-me na incerteza que me provoca angustia, meu velho coração tocado e melancólico trilha poeiras como que estivesse em estradas empoeiradas, nas capelas do dia a dia que abrigam bêbados e fulanos, presentes são coices de cavalo.

 Formando castelos em arreias movediças, tão frágeis que abrigam pessoas e setas.

 Preferindo querer que o céu me guie, dado que por estes trilhos só vejo turvos e pedras aguçadas como querendo me apunhalar de morte.

 Dado a imensidão do céu, certamente não iria tropeçar nas estrelas, porém tenho andado sobre trilhos, os mesmos que sonhando na opaca infância de menino.

 Adormecido no tempo, despontou a escrita em mim, nas flores procurei poesia, nas amizades recorri aos versos, no vinho os textos com anexo e desanexo, como que exilado num ajardinado espaço sem beija-flores.

 Com a frieza do infortúnio vou querendo aquecer sonhos, barrado nas veredas da ternura, da fé e do carinho escasso, como que dizendo o ditado: 'não há pão nem paz'.

 Morando em mim as quatro estações, nelas surgem os que querem me ver e os que outonal-mente espreitam-me através da fechadura aguardando o momento para a quedas das folhas, na sequência da frieza do Inverno, esbarrando-me em piratas ébrios como que navegasse em navio sem timoneiro, é como me sinto.

 Sem dramas vou acreditando na esperança, nela o Amor que poderá surgir em pleno, logo que se vá avistando a Primavera na poesia escrita.

 A minha história medíocre, sem anilar e apelar vou alinhavando Paz, sorrisos e respeito, semeando admiração pelos demais, formatando sonhos de Amor.

by mghorta



11 de fevereiro de 2015

Amália.



Essa voz que me encantou,
quando eu menina sonhava,
tem a magia que ficou,
Amália para mim cantava. 

Toda a cor do céu,
toda a água que tem o mar,
tudo em mim se confundiu,
quando te ouvi cantar.

Na voz o sabor do sal,
das lágrimas que são contidas,
no Fado escondes o mal,
das tuas dores sofridas.

Tua voz têm por magia,
misturar sentimentos
vendo na tristeza Alegria,
e no mal contentamentos.

Amália tu sabes bem
que o Amor é sofrido,
por isso cantas bem,
mesmo no Fado corrido.

Amália eterna serás,
por todo o bem que cantas-te,
no pedestal brilharás,
e sorrindo te verás,
julgando que ressuscitas-te.

Mtmartinho 1991


Hoje...



Percorri o meu caminho,
fiz compras e desloquei-me,
sento-me e não estou parado,
depois sinto-me como culpado,
culpa de não poder dar metade,
metade do meu andar meu amigo.

by mghorta


Distância.



Por distância ou por magia,
escrevi em doces prados.
Talvez, longe mas um dia,
escreva poemas vagos.

anónimo


Perdi-te!



Nem imaginei a ferida 
que se abriu em meu peito,
Só agora percebo a 
falta que me fizeste.
Será que te vou abraçar num 
abraço misto de saudade e Amor?

anónimo


De mixordiapoetica
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