15 de janeiro de 2015

Espelho Meu!



Quando me olho no espelho,
tantas vezes me odeio,
poucas são as que me amo.
Engano ou não,
acho-me feio quando pareço bonito,
infindável Mar,
que me fazes acreditar,
correndo nas tuas bordas,
onde rios escoam,
talvez um dia me vá Amar.

by mghorta


Ursula maior...


Mapeava traços no corpo dela,
como que querendo orientação,
em cada parte dela,
existiam pontos como cardeais,
na longitudinal linha ao coração,
descobria caminhos da minha presença,
na pele dela descobri sensações,
que me faziam delirar com emoção,
juntando os pontos do corpo dela,
deixar as marcas das minhas digitais,
encontrando assim a minha constelação,
eram formas deliciosas de a Amar,
desde a Ursula menor à maior,
encontrei a minha perdição na redenção.

by mghorta  (citando Laranja)


Karma.



Caminhando só,
vou criando meu karma,
criando assim dívidas espirituais,
não adianta fazer oferendas
honrando os ancestrais...

No caminho do Nirvana
não é fácil sem dor,
enfrentando tempestades,
nada brilha abaixo do Sol...

Resistindo ao destino,
acabo-me em sofrimento,
aceitá-lo fico em harmonia,
indo como carrossel,
umas vezes baixo, outras por cima,
de infeliz a feliz,
sábio em meio de tumultos.

Olhando os movimentos celestiais,
afinal de conta tudo parece simples,
agora entendo porque não é fácil ser feliz.

by mghorta


Vagabundo.


Ao tomar vinho
fico forte e corajoso,
rapidamente mudo de ideias,
esqueço compromissos,
os sinos tocam mudos.

Por ironia do destino,
vivo secretamente em duelo,
com a paixão de um garoto,
cheirando flores silvestres,
olhando folhas na floresta.

Cumplicidade de informações,
as palavras me fogem do papel,
olho para trás com ternura,
querendo ser jovem para diversão,
história a minha com tramas no coração.

Sou um vagabundo,
mudo como a Lua,
com pensamentos estranhos,
sonhos de poeta,
com cara de pateta,
esperando um milagre,
na pausa do medo venenoso.

Olhas-me sem me veres,
sentes meu cheiro ébrio,
vago feito espantalho.
pelas calçadas solitárias,
tenho saudades dos  momentos,
em estradas que não vivi.

by mghorta 


Aprendi a Perder.


Fui acostumado a ganhar,
mas aprendi a perder algo,
aprendi a perder um pouco a alma,
cada dia ou anos havia de sofrer,
eu que fui acostumado a ganhar,
aprendi a perder-te sofrendo.

by mghorta


Chuvadas...



Quando a chuva cai,
mata toda a sede,
em ti espero Amor,
que acabes toda a minha sede.

Em todo o coração,
falta chuvadas de Amor,
nunca me faças isso,
não quero morrer de coração.

Manda-me chuvadas carinhosas,
à noite, de dia ou de madrugada,
afoga-me com elas sempre,
castiga-me severamente de Amor.

by mghorta


14 de janeiro de 2015

Mulher.



Quantas peles te vestem,
quantas vidas tem a tua vida,
quantas vezes morreste e foste renascida,
pela força do teu ser...

Ninguém te conhece ao certo,
só tu sabes quem és,
p mundo que não te entende,
adormece aos teus pés...

Vives num tempo que é teu,
emprestas ao dia as horas,
às noites dás os minutos,
embrulhado nas auroras...

Quanto de ti é pecado,
quanto de ti é salvação,
entre Deus e o diabo,
vive o teu coração...

Agasalhas no teu peito,
a verdade e a esperança,
que te escorrem pelas mãos,
e ferem como uma lança...

Amas o que é difícil de amar,
porque só tu conheces o Amor,
ele alegra-se em teu corpo,
e na tua alma chora de dor...

(Ártemis)


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