27 de julho de 2016

Sanidade!


Carrego em mim os genes da leviandade, nos ombros o peso insaciável de amar, o constante desejo de ser preenchido, completo, seduzido.
O mundano parecer quando a entrega é total, ao fugir da noção da realidade, com o passar do tempo solto as amarras da vida para enterro de paixão e tesão.
Tenho em mim os genes do amor, adoro corpos estropiados pelo sexo, os fortuitos momentos do pecado sem freios e pudores.
Amo corpos sexuados, adoro o odor característico que se solta da pele suada das amantes. Amo os corpos perdidos em partilha, desprovidos, perfumados, nus, justificados pelo desejo, opulência e volúpia.

''Tornei-me insano, com longos intervalos de uma horrível sanidade.''
                                                                                                         (Edgar  Poe)

by mghorta (citando by mghorta)


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