8 de maio de 2015

Vontade de Viver.



'' Morremos quando não há mais ninguém por quem tenhamos vontade de Viver ''.


Henry de Montherlant     (Vontade de Viver)


Marcas!



Tem quem faça marcas na pele, outros na alma, mas as minhas tatuagens ficam com marcas no corpo e no tempo, marcas ficam sem precisar de estarem fisicamente visíveis...

São momentos, gestos, caricias, beijos, amassos, gozo, orgasmos que ficam gravados para sempre na memória, no coração, no corpo e na alma.

Tem pessoas que permanecerão para sempre dentro de mim, haverá o cheiro do perfume que senti ao beijar o peito de G, a cor vermelha da intimidade de M que usou naquela menage, o vinho de F que derramou em minha boca e bebeu no meu sexo, a música que ouvi quando trepei em C...

A lembrança está no sabor do gozo da primeira viagem, teve tanto de proibido, tanto de perigoso como de delicioso.

Marcadas na memória de promessas virtuais com orgasmos em simultâneo que nunca aconteceram no real.

Marcado eu fui pela velocidade, intensidade, cumplicidade, afinidade (ou falta dela), das cores, do sabor, do calor, dos cheiros sexuados, das texturas e das vozes, tudo ficou marcado em mim.

Marcas antigas, bem como marcas novas, a dois, tão inesquecível o desejo constante como que gritando por um novo estilo de marcação como que desejando mudar de vida, e assim a vida nos prega rasteiras e marca o que não é opção, mas sim um desejo de coração.

Fica sempre o desejo de uma nova marca, que fique expressa fisicamente no que a alma já possuiu gravada para sempre, com isso fico gravado sem duvidas, sem medos, definitivamente inteiro e sem retorno.

Folheio tuas Fotos!


Estou...
incessantemente revendo tuas fotos,
não encontro motivos para o deixar fazer,
tento as vestir com cores,
as quais procuro em jardins floridos.

Cansei...

porque a saudade é mordaz,
nós de garganta e pulsos cerrados,
em cada rosto transeunte da rua,
imagino-te sorrindo para mim.

Por fim...

viajo no mundo sem destino,
carrego o peso de momentos,
folheio tuas fotos,
em tons de saudade per-mutante.

by mghorta  (escrito em 12/12/2013)


Sombras do Passado...




... é o que resta de mim,

não posso fugir do real,
sinto medo quando me revejo,
preciso hoje de um ombro,
queria tanto partilhar minhas sombras.

Minha irreverência continua presente,
as sombras me perseguem,
por mais que fuja das mesmas,
mais me incompleto,
ouço murmúrios de dores,
o infinito mistério me confunde,
a noite reforça maldosamente meu passado,
no silêncio recordo momentos,
são revelados profundos segredos,
transformam meus sonhos em pecado.
não adianta fugir para longe,
elas me perseguem ferozmente,
fazendo-me regressar ao passado.

by mghorta  (escrito em Março 2014)



Detalhes...


Não adianta nem tentar me esquecer,
durante muito tempo em sua Vida eu vou viver.

Detalhes tão pequenos de nós dois,
são coisa muito grandes para esquecer
e a toda hora vão estar presentes,
você vai ver...





Amarras


.

Escreveram os poetas em tempos remotos que a vida é a arte dos encontros, no entanto não contavam também que nos entre-tantos haveriam muitos desencontros.
Falando por mim e por ti, somos motivos de tantos desencontros, não te tenho encontrado mas não deixo de ler e reler teus apelos chamando por mim minha querida.
Mas nada é por acaso, motivos de sobra existem em nossos desencontros, os teus e os meus são amarras que nos estorvam e sabes bem que tanto eu quero que os laços intermitentes a existência presa que os momentos soltos de nossos encontros são de sobra magistrais  para que possamos suscitar, aaaiiiiiiiiii Amor por onde andas que não te encontro?
Na certeza porém, eu sei que te amo e sei também que tu me amas, somos livres nos laços que nos uniu momentaneamente e disso temos a certeza de quando nos nossos desencontros mais fortalece a vontade de quando voltarmos ao encontro vamos extravasar as nossas loucuras, soltar os impulsos que nos une e matar a solidão envoltos em abraços e caricias sem fim e soltar os aiiiii'ssss não de tristeza mas de muito prazer e gozo em que os nossos corpos serão o mote circunstancial dos amantes.
Ai Amor, até breve encontro!

by mghorta  (Ai Amor, até breve.)




De Preto e branco

7 de maio de 2015

Abraça-me.


No teu abraço ouço o vento que emana da tua pele, nele sinto o nascer do Sol do intenso calor dos nossos corpos, na fragrância de teu perfume existe a força de um relâmpago feliz, nos frutos que foram colhidos na palidez de teu rosto, em que os caminhos cruzados nos levam a morder para provar o sabor que tem a carne incandescente dos nossos abraços.

No teu abraço visto o meu corpo no teu, para eu em ti possa buscar o sentido do sentidos, o verdadeiro sentido que a Vida nos proporciona.

Abraça-me, porque com ele quero morrer te sentindo tu em mim, amarrado espevitadamente de Amor, nele bebo a água de teus beijos, para que possa levar comigo a memória e a saudade, só essa água fará reconhecer o mais infinito, o mais intenso Amor do universo, e quero dele ficar a saber entre os astros, as estrelas mais brilhantes que eternizam os céus para os amantes.

Abraça-me por favor, nem que seja só mais uma vez, uma vez para que eu saiba se realmente tu existes.

by mghorta


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