Nasci do nada, nada serei sem Amor, apenas pedi para ser amado e fui desnaturado, subnutrido e mal ouvido, não profetizei se seria bom ou mau, apenas quis ser o que tu desejarias que eu fosse e tu o que eu quero, simplesmente nos amando.
Minha cama é nossa, pedes e eu divido nela o amor que cultivamos, não restritos a detalhes, não limitados quanto ao sexo, apenas surge no momento escolhido e oportuno, e assim nasce o que podemos dizer novo ser, como que prenhe de nove meses.
Não se dá a certeza, mas juntos podemos amamentar esse ser amado como se de uma criança tratasse, alimentando-o até ao fim, mesmo que ele se adivinhe ao virar de uma página de uma nova vida, nosso destino ou rumo das marés que a vida nos dá, uma vezes em alta e outras em baixa.
Hoje poderão gemer de dor, mas já gememos o mesmo Amor para que ele... o Amor fosse vivo, alegre e querido e lambendo o mesmo néctar sexuado, o que deu vida ao tão lindo Amor.
Tu és pelo nosso Amor, não pelo sémen, nasceste na espontaneidade e não por obrigação, nossa relação é parte integrante da nossa condição, amantes eternos e não sofredores momentosos.
Entrei em ti, e tu entras-te em mim, num vai e vem alegre, num escorrega húmido de prazer, risos e gemidos, soluçar e roçar de corpos, forma estes movimentos que deu nova vida, novo ser a nove meses como que um novo começo nascesse.
Nesse espaço vazio, deixei de escrever, somente podia resumir os sentimentos prazenteiros e gostos de momentos húmidos e languidez da nossa vontade como que de um ser se tratasse.
E assim não foi sémen o motivo da nova Vida, mas sim o Amor.
