15 de maio de 2022

Magia dos Dedos.

Quando teclo tímido,
palavras e frases,
meu corpo contrai-se,
é como torturas sãs,
mas a carne me trai,
não faço muito esforço,
porém meus poros suam,
ao tacto dos meus dedos
descrevendo meus gemidos,
sem esforço tudo se torna real.
A distância das telas. ..
nem sequer atrapalha,
são fragmentos suados,
imaginando a magia dos dedos,
em teu corpo nu e suado.
Não sei se entendes o que sinto,
mas os toques dos dedos nas teclas,
revelam todo o nosso desejo de Amor.
Paixão e Tesão estão nos dedos,
que se tocaram em momentos,
já te amei assim tantas vezes,
ao ponto de nossas vozes sucumbirem.
Como aquela canção:
'um dia tu vais ver,
nós nos encontraremos'.

by mghorta






13 de maio de 2022

Ai o Amor!



Comprovei que, quase tudo o que foi escrito sobre o amor. .. é verdadeiro.
Shakespeare disse: 'as viagens terminam com o encontro dos apaixonados', eu digo que um beijo sela o Amor dos amantes.
Que ideia mais fabulástica!
Pessoalmente, posso dizer que já experimentei algo parecido, falta-me terminar um!
Estou convencido que Shakespeare também.
Estou em acreditar que penso mais no Amor que devia, devido ao seu poder esmagador de alterar e definir as nossas vidas.
Recordo que também foi Shakespeare que disse que o 'Amor é Cego' necessito muito de te tocar Amor.
Estou ciente e seguro de que isso é verdade, e um dia te tocarei as mãos e selar com um beijo nosso Amor.
Para algumas pessoas, de forma inexplicável-mente o Amor se esfuma, para outras o Amor singela-mente se vai.
Torna-se claro que o Amor também pode existir, até mesmo por uma noite ou um momento.
No intervalo, existe outra classe de Amor mais cruel, o que praticamente mata as suas vitimas.
A este classificamos pelo 'o Amor não correspondido' e nesse tipo, estou demasiadamente perito.
Na maioria das histórias de Amor falam de pessoas que se apaixonam entre si!
Mas que dizer dos demais?
E as nossas histórias bem como os momentos?
Aquelas por quem nos apaixonamos?
Somos vitimas de aventuras com danos colaterais, amaldiçoados no seio dos seres queridos, dos seres não queridos, os feridos que se valem por si mesmos na plenitude do verdadeiro sentido da palavra Amor.

by mghorta

Vivi Grandes Histórias.

Já vivi grandes histórias, tive milhares de aventuras, fui um livro com longos capítulos, fiz versículos curtos mas bem sucedidos, outros foram simples prefácios não tão interessantes.


Não jogo fora ou menosprezo os casos que me fizeram feliz, porque foram marcantes e no momento foram importantes, ficam registados na memória que nem a borracha apaga como simples riscos com erros. Por exemplo, os  momentos passados à chuva e enevoado que embora curtos foram fogosos e terminais ao ponto de muitos aiiii'sss se soltaram no espaço curto mas habitável. Foi uma viagem que veio como furacão, soltaram-se as roupas e as mãos fizeram as delicias de corpos, momentos que ficam guardados num cantinho chamado altar de minha alma, lugar restrito.


Posso recuar no tempo todas as vezes, viver hoje com vista ao futuro, mas olho e vejo que sei está lá na memória de um livro por ainda escrever.


Não foi tudo aquilo que já tive, vivi paixões platónicas e impossíveis, sentado esperei por carinhos, esperei ligações como pedido de socorro, sorrisos doces ou gestos românticos ao acaso, vivi o clássico, o incoerente em que não passaram de palavras amorosas sem serem solidamente firmadas na realidade. Tive ocasiões em que somente as migalhas de relacionamentos curtos foram alimento esporádico, quis tudo isso esquecer por não deixaram de ser cópias e repetições de paixões mal sucedidas.


Mas...
...mas vem o dia em que algo acontece, sem querer o alheio arrebata o altar, não marcou hora para entrar, entrou e ficou lá, meus caminhos tropeçaram nele, e quanto me apercebo vejo que estou de novo arrebatado por um amor que ficou lá, degrau a degrau ele sobe e vai morando no recôndito do meu ser, não houve festas, não teve jantares ou almoços esbanjados, foi um vulcão que entrou e insiste morar lá, mesmo que outros compromissos eu assuma, ele foi forte e teimosamente não quer sair do seu espaço, veio do nada, esse sentimento é diferente, as mágoas do passado vieram juntos e compartilho a tristeza e as alegrias de hoje.


Quão grande é esta história que seus capítulos e fascículos ainda estão para culminar num futuro risonho, amoroso e sem preconceitos, é o amor da minha vida, quiçá até quando longe mas presente.


Mentiria se não esperasse por ele, imaginei-o assim simples e concreto, único e incomparável, sem vaidade e luxurias, simples mas pleno e completo, tê-la a meu lado não passa de deixar de ser sonho, mas quero um dia acordar de verdade e ter seu corpo suado e amado a meu lado como que um culminar de histórias vividas mas reais.

Hoje sim, poderia citar todos os poetas, todos os escritores e dar a homenagem pura de que tudo o que se escreve é real e acredito que num futuro próximo deixarei de escrever porque te terei a meu lado e irei desfolhe-ar teu corpo como um livro ainda por descrever e reler dia-a-dia meu amor.

by mghorta 


5 de maio de 2022

Noite de devaneios❕❔

A poesia toca-me. ..
Qual sopro solitário,
inesperado e solto,
no meio do turbilhão da Vida!

Sussurrando murmúrios cálidos
Emprestando-me motes vazios
Desatando-me palavras parcas
Desconhecidas no vocabulário
Meta morfando-se em devaneios
Místicos e parcos desejos libertados.

Antes amordaçados dentro de mim
A poesia desbravou-se nas fronteiras do meu ser
Apoderando-se das minha vontades
Faz-me sonhar com auroras resplandecentes
Amarelando espaços sem fim. ..

Aqui me rendo perante eles os Poetas
Sorvendo cada rascunho, cada palavra. ..

A Poesia quando nos toca
Toca-nos para tempos sem fim
Companheira dos devaneios vivos.

by mghorta 



1 de maio de 2022

Mãe!



Por pernas não ter,
poderei correr.
Pois se o fizer,
não irei morrer,
mas viver por mim.

Sou como a criança,
que não sabe andar.
Mas também se cansa
ao colo a chorar.

Nos braços da mãe
adormeço assim.
Sinto só calor
não Pena de Mim.


by mghorta

Vazio. ..

Neste papel rascunha-se um soneto
de lembranças sustentadas no vazio
tipo pássaro mossegado empalhado
madeira apodrecida num coreto.

De tempo a tempo e tempo alimentado
sendo um fraco objecto agora negro.
E talvez seja apenas um soneto
de mim mesmo nascido desorganizado!

Talvez ninguém o lerá!
Ninguém e até eu mesmo,
pois não sei como foi arquitectado,
nem recordo de como foi formado!

Lembranças são lembranças,
de tempo a tempo e tempo até pobres
olho este vazio como jogo de exilado
por entre mãos esmiuçado grão a grão. 

by mghorta 



5 de abril de 2022

Os Quês e Porquês ❕❔

Esta noite soa-me a melancolia instalada
Seria igual a tantas outras caso eu não estivesse alimentado meu algoz, a minha idolatria extrassensorial que me faz perder vontades
Sem sono por ocorrências estranhas
Hoje falo da perda momentânea da mulher que tanto amo.

Mora em mim sentimentos que não deveria nutrir
Não sei bem gerir o que sinto
Mas como sou egoísta neste caso concreto
Estou de luto pela parte que me toca
Perdido sem ideias e sem inspirações.

Não por me esqueço de ti
Também não me ignoras amada
Perco-me em retalhos que me definem impotente
Numa identidade vã e adulterada que vivo.

Sem teus olhares
Passo a ser um estranho
Sinto um desconforto mórbido em mim
Nas esquinas mais escondidas dos nossos encontros
E como sempre fujo de todas as formas
De olhar tuas fotos para que não me afunde mais
Sem inspiração escrevo algo que nem sequer rima
Ouço músicas barulhentas para que meu romantismo não acorde
Sinto-me distante até de mim quanto mais de ti amada
Na minha essência e dedilho sinto falta de aquilo que não posso ter
Minha mente força-me a acordar
Não para esquecer meus caminhos
Só quero é seguir para novos trilhos que nos levam a amar.

Não pens. ..
Penso como seria se pudesse repousar a teu lado
Estar sempre contigo
Será que meu corpo saberá agir ao momento?
E Tu. ..
Saberás ler os sinais que sinto de tuas ausências?
Quero eternizar estes momentos de tanto te querer

Voltarei a escrever, voltarei breve para ti meu amor! 
Tudo isto são ocorrências de um amor quase impossível quanto a nossa presença diária um no outro.
. ..

Volto de novo ao meu submundo
Degustando mais meio cálice de questões
Dos quês e porquês de aquilo que me acontece
Longe disso já nem sei o que não posso querer
Mas sei o que posso ter
A minha vida passa atribulada
Mas esta vida passa
O mundo continuará a existir e o saborearemos e o provamos
Quando eu partir deste mundo crasso
Extrairão deste texto o meu Epitáfio.

''Não passou de um ser que respirava sem sentido, talvez sem poder.''

by mghorta





Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...