O sexo não tem rosto,
perco-me em tuas entranhas
a razão de o sexo não ter rosto,
é se perdermos entranhados
na entrega frenética de corpos,
explosão contínua do êxtase,
perfeita sintonia do nosso orgasmo,
solto meu sémen como gotas de gozo
invadindo com meu néctar em ti Vida.
Sexo não tem rosto.
Não te sinto como extensão de mim,
apenas e somente te sinto.
Nada é escrito de ânimo leve,
é por mim que te sinto,
para mim meu querer é o teu prazer.
Não será o mesmo se deixares de ter
meu corpo e a essência dele no teu.
Fazes tanto parte de mim,
que sai pelos poros o desejo de ti,
rasgas-me o sorriso como Fosse Carne,
continua e não pares de explorar-me,
afunda-te nas minhas emoções,
não pares de me acariciar,
não estás habituada a que te peçam,
para sermos Uno sê em mim e eu em ti.
by mghorta
Já perdi tudo
a fome e o comer
Já perdi Mundo
e até o motivo para morrer
Tristeza mata
os poucos momentos felizes
nem esses me fazem viver.
Vazios
apenas lugares vazios
me deixam cada vez mais assim
longe de todos e até de mim!
Tentei de tudo
e nada consigo
Relaxo-me até no desistir
tentando uma e outras vezes
ver no que dá a seguir.
Lágrimas e batimentos
talvez possam ajudar
e se não der Vida
a Morte me pode levar.
Mais uma vez talvez
irei tentar sem talvez desistir.
Caso eu desista
faz um favor me empurrar
no simples caminhar
rumo a um novo mar Talvez...
by mghorta
No interino caminhar,
sei que tenho o dever cumprido,
nos momentos vazios e não arrependido,
no entanto não deixo de estar fodido.
Rasguei roupas,
prometi amores,
saltei cercas,
motivos do meu coração.
Mesmo assim,
não deixo de estar fodido.
Não aceito de ânimo leve
as cruas realidades,
actos cobardes de outrem,
que não passam por incertezas,
para perder mais um combate levemente.
Mesmo assim...
não deixo de estar fodido.
Não descuro vencer,
na perceptiva do infinito querer,
mesmo que tudo se prescreva,
estou mais que fodido,
mas não deixo de ter vontade de foder.
.
by mghorta (mamasoltas)
Oh estado de morte, oh noite inimiga,
nesta escuridão muito eu suspiro!
Calado testemunho do meu respiro,
dos meus desgostos da vivência antiga!
Dos amores que somente eu os diga,
dei pio agasalho e mantos,
ouvi-os constantemente por encanto,
durmo cruel, fizeram-me delirar com briga.
E vós, oh cortesãs da escuridade,
fantasmas vagas, almas vingadoras,
inimigas tanto como eu da claridade!
Bandido acudi aos vossos clamores,
querendo a vossa medonha saciedade,
fartou meu coração viver vossos horrores.
by mghorta (citando Bocage)