6 de maio de 2016

Proibido!


Um dia fui proibido de escrever, escrever sobre saudade, saudade de uma pessoa, falar, sorrir, chorar, reclamar, abraçar ou até mesmo de ouvir sua voz.
Sua voz ecoa ainda pelos cantos da vivência dos nossos momentos, poucos e proibidos, mas não deixou de ser a nossa história, linhas de seu corpo eu escrevi nas gavetas da minha consciência, contudo devia ser proibido sim estar do lado de fora dessa história enquanto as lembranças falam mais alto que a saudade de reviver.
Calar mais que me doa, chorar, não respirar, dizer adeus, ir embora sem mais escrever porque é proibido nesta vida falar de ti saudade. 

De Louco, todos temos um pouco!


4 de maio de 2016

Quintilharias!


Fui para ti como muitas outras quintilharias
que usas para teu belo prazer,
parecido com o elástico que usas para apanhar o cabelo,
que se torce, retorce-se, estica e estica até ao máximo
para teu belo prazer e gosto ao olhares no teu espelho. 

Enquanto o retiras e o colocas sem saberes onde,
ficava eu sozinho como na caixa de outras tantas
quintilharias com que te costumas embelezar-te,
partias para onde teu belo prazer e intuição ditava,
só voltavas de novo para torcer, retorcer, esticar,
dobrar-me e enfeitar-me para teu belo gozo e enfeite. ..

Bastou até que um dia de ser dobrado,
esticado, torcido e retorcido parti,
parti para desencanto teu,
deixei de ser mais uma das tuas quintilharias
de quem tu tanto abusavas com tanto uso,
hoje só te resta o capricho do teu volátil feitio. ..
para eu esquecer-te de todo.

by mghorta (mamasàsolta)


3 de maio de 2016

Morreu!



Oh estado de morte, oh noite inimiga,
nesta escuridão muito eu suspiro!
Calado testemunho do meu respiro,
dos meus desgostos da vivência antiga!

Dos amores que somente eu os diga,
dei pio agasalho e mantos,
ouvi-os constantemente por encanto,
durmo cruel, fizeram-me delirar com briga.

E vós, oh cortesãs da escuridade,
fantasmas vagas, almas vingadoras,
inimigas tanto como eu da claridade!

Bandido acudi aos vossos clamores,
querendo a vossa medonha saciedade,
fartou meu coração viver vossos horrores.

by mghorta (citando Rimas do Bocage)


1 de maio de 2016

Nostalgia.


Olhando tuas fotos,
linda e meiga
de olhos brilhantes,
não sabendo por onde andas
fico por instantes a precisar de ti.

Na escuridão total
caminhas de salto alto
com andar solto e fatal,
mesmo que tão bela
iluminada como vela
matas devagar este mortal.

Na ausência de teus beijos,
esta nostalgia me mata
de saudades e desejos.

by mghorta




23 de abril de 2016

Ajoelho. ..


A ti me ajoelho e suplico,
te diluo nesse ritual secreto,
sei de ti quando te beijo,
conheço tuas dobras e bordas,
onde aconchegas meus sonhos
acomoda-te  nas minhas ancas
por nada de ti me defendo,
apenas mesmo a ti pertenço.

by mghorta (a ti me ajoelho)


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