1 de junho de 2015

Prenuncio de Dor.



Vive-se numa sociedade perversa, corrompida, mentirosa e cheia de pecado, enquanto a chuva cai lá fora as pessoas esperam que vire o Sol, o raiar das almas para que se purifiquem, mas nada de novo encontram senão medos, vaidade, mentiras e receios de que as almas estejam perdidas.
Assim sou eu, medroso, vaidoso, receoso e perdido de alma (corpo) em que a base do meu ser é mentira, pecar, fornicar, mas também amar.
Porém posso não ter resposta ao meu prenuncio de dor, sofrimento e ausência de amor, no entanto só quero que me aceite como tal, se não aceitar ou tentar me compreender, só tem uma solução, me esqueça e parta de novo livre, porque eu só tenho uma saída, desaparecer ou morrer.

by mghorta  (Mamas Soltas)


Prefiro a Essência.


Com o passar do tempo,
contei os anos que passaram,
cheguei à conclusão que terei
menos tempo para viver do que aquele que já vivi.
Preso aos fantasmas do passado,
sentido-me menino a chupar chupa-chupa,
os primeiros mordia como não sabendo,
depois aprendi a saborear os chupando.
Reparando no presente e olhando o futuro,
descobri que já não tenho tempo para
lidar com mediocridades de gente baixa.
Os invejosos tentam destruir os que admiro,
cobiçando as amizades que escolhi para mim.
Perdi o tempo para gerir melindres de gente 
sem conteúdo, apenas rotuladas de boas.
Prefiro a essência, meu modo de estar tem pressa,
quero viver rodeado de gente humana,
muito humana mesmo e não de fachada,
gente que não foge à lei da vida,
gente que acredita na sua mortalidade,
são essas gentes que quero acompanhar com verdade.

by mghorta 


30 de maio de 2015

Abençoada Imperfeição.


Ouvi tantas promessas,
muitas que não cumpriram,
abençoada imperfeição,
pois nela segui sem direcção,
caminhos por mim traçados,
que chegarem ao meu coração,
final dos trilhos imperfeitos.

by mghorta


Fragrância das Flores.



Desejaria escrever coisas que não se esqueçam,
fosse com Sol, com chuva que façam brotar flores,
cheirar as mesmas e guardar a sua fragrância.

by mghorta


Confesso!


Porque não confessar esta noite,
certo que a noite e a rua comungam juntas,
e com elas eu desejo uma mulher,
cujo corpo é cheio de mistérios,
esse mesmo corpo que ela não me dá,
fico em pavor só de imaginar seu calor.

by mghorta 


27 de maio de 2015

Fado!


Com os seus olhares aveludados,
cruelmente incendiava corações,
seus seios hirtos como brasões.
onde tudo embolava em pecado.

Elegante, esbelta e porte moldurado,
nas rendas saliência de contornos,
seios simples, largos e mornos,
inebria com seu corpo perfumado.

No entanto tal como o Fado,
moldado pela natureza escrita,
esta mulher de beleza ímpar,
tonou-se pecadora vil, é o Fado!

by mghorta




Quase que Morro.



Preferia ter-te a meu lado ditosa,
escutar teu prazer em forma de gozo,
olhando teus sorrisos de forma amorosa,
igualando assim o gozo dos deuses vivos.

Na subtileza do fogo que corre nas minhas veias,
por minha carne profana ó suave criatura,
nos enleios doces de nossos rostos,
sentindo entre o áspero e ofegante respiro.

Na confusão enevoados de  olhares,
não ouço mais o que meu coração dita,
na palidez febril e sem ar no enlace,
quase que morro, eu tremo, fico medroso.

by mghorta


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