Minha vida é um contraste, cheia de versos sem rimas, cheio de textos soltos, os versos que poderiam soletrar ou até mesmo rimar com sentidos, não fala de amor mas bate na tecla do desamor.
Tal e qual como na poesia, não existe regras para escrever, muito menos para viver.
Traduzo o hoje sem sílabas rimadas, posso dizer que o meu presente rima com tristeza ou ausência.
No entanto, olhando bem a estrofe, posso afirmar que o futuro rima com Incógnita.
Escrevo muito mal, pessimamente mau, mas as rimas que componho, faço-as ao meu jeito e faço o que me convém, porque não quero enganar o leitor, faço até esforço para os agradar em completo, com ou sem regras, crio-as com desapego, até que de certa forma o poema se repetirá, mas quem é que não enfatiza?
O que procuro? Uma rima ou poema real, ilusório eu componho só o que vivo?
Imagine-se no que escrevo, é essa razão porque escrevo, o poema é composto por belezas, sentimentos e afins, na linha do texto finda com rima.
Tem sempre uma razão para escrever, aquilo que buscamos hoje, poderá ser uma rima, mesmo que não seja coerente, sem harmonia ou mesmo sem gosto musical, incoerente, desconexa, misturada, tudo tem o sentido prático, o presente, o futuro.
Não ficar ausente em tudo o que escrevo, é valorizar cada palavra, mesmo que seja mudada, o sentido será sempre o mesmo, dedicar mais tempo ao que sonho, caso o verso não seja de agrado, muda-se a rima, se a rima não satisfaz, procura-se nota musical.
Não servindo para exemplo, desta forma vivo mais tempo em desamor, bem vivo e sem rimar, e absurdamente desconectado quanto ao futuro.
by mghorta