28 de abril de 2015

No Silêncio da Noite...




... iludo-me, acalento ideias e esperanças que fervilham nos meus cabelos, umas vezes lisos outras vezes encaracolados mas sempre grisalhos, sofro e penitencio-me do passado egoísta para justificar o meu abandono.

A espera é constante, vivo enclausurado de momentos vividos e sofridos por um amor suspenso, nego ao meu ser qualquer hipótese de um dia viver uma felicidade permanente pela qual anseio a todos os momentos reviver o que mais desejável existe que é amar.

Sobrevivo órfão de amor, de paixões e de caricias tuas, recuo no tempo e vejo o teu brilho distante como um declinável desprezo, será pura cegueira minha mas nada vislumbro senão ideias no silêncio da noite, torturo-me mais e mais cada vez que as ideias fervilham pela calada na noite nos meus grisalhos cabelos.

Invento fantasias dentro do meu cérebro catoso de lembranças falsas, as mesmas que tento esquecer, nas mágoas causadas por falsos amores ao ponto de ficar amputado de ideias para continuar a sobreviver paixões amorosas, é uma vida dormente e doentia, mas não tive outra escolha e assim passo o dia a dia e as noites consoante o silêncio da noite que tento viver.

Viver assim não passa por ser uma obscenidade e pecado, um atentado ao meu ser e às leis do meu corpo, um desperdício de inteligência, de saúde e de ocasiões para me valorizar sobre os momentos vividos e corridos pelos corredores de uma vivência que um dia foi a mais bela junto de quem eu pensava que me amava, mas nada passou de momentos fugazes de um amor platónico e hoje tento sobreviver a tudo enquanto as ideias do silêncio da noite fervilham pelos meus cabelos lisos, encaracolados ou grisalhos.

Mas o que eu mais desejaria era te ter aqui, ouvir teus ralhos como que fossem puxões de orelhas, agarrar as tuas bochechas e puxar para mim teus lábios e ficarmos colados e só ouvindo os movimentos dos nossos corpos como um só, beijar continuadamente para que ficasse de novo louco com as ideias rastilhadas em meu cérebro pela essência de teu amor.

Que saudade das ondas de teu corpo nas minhas mãos trémulas, do teu  nariz mimoso de carinho, de tuas pestanas em meus lábios, dos brancos dentes e da língua entrelaçada na minha, do universo de teu olhar, do sorriso malicioso, das saliências de teus peitos e do bico hirto de tesão e do perfume que deixaste em mim que o silêncio da noite não é suficiente para não deixar de recordar.

Que saudade de envolver-te em meus braços, encostar o meu peito no teu e sentir teu bater de coração forte, as mordidas de orelhas e lambidelas, as mordidas no pescoço, e os teus murmúrios em que dizias, não... não pares agora por favor quero ser mulher.

Iludido-me mais um pouco, não deixam de ser ideias e sonhos acordado com tudo aquilo que queria reviver e desejar de novo, amor e carinhos teus no silêncio da noite.

by mghorta  ( Mamas Soltas )


Um pouco de Mim.

Depressa deixei de brincar, no entanto brinquei com brinquedos que não usei, segredos que guardei, fui o pico preferido de alguns, renascido por acidente, amor atordoado e renovado, conversas sérias que passei a anedotas, que faço esforço para as recordar.

Sou saudade de momentos, infância que me esqueci, dores por nada ter dado certo, dedos cerrados por não ter lido mais livros, o que li esforço faço para não lembrar.


Sou abraços inesperados, forças dadas nos momentos exactos, sensibilidade dada a quem grita, carinhos per-mutantes a amantes, restos que se juntam, orgasmos, galhofas, beijos, eu sou o desnudo completo e uso.


Sou raiva, sou ódio, impotência por não ter usufruído o que prefiro, desapontamento por outros terem lido o que não li.
Direitos tenho, deveres também, estradas caminho e percorro trajectos aos zig-zags para que atrás não me vejam o que faço ou escondo.


Sendo assim, venha a mim teu corpo, teu ser, tua sensualidade e teus orgasmos, suspira, geme, dá gritos de alegria, olham-me como teu e não estranhamente.


Em sorrisos e abraços, estreito a harmonia para que sintas gente; ''O tempo passa, e com ele tudo muda, tem coisa que ficam e outras renascem, outras se fazem e outras proliferam. As mágoas se escondem e as alegrias transparecem, a dor morre e o sorriso renasce. Tudo isso é o propósito da vida, tudo que nasce morre, tudo ao pó volta.''


Cada dia é um novo nascer, cada dia dá nova oportunidade, nova esperança, morte de vícios e de tudo que nos faz mal, um poder de reencontrar novo caminho, caminho não trilhado.


Todo esse poder está em mim, em ti e em nossos futuros, basta acreditar que tudo que nasce morre e cada situação é nova, é assim que eu me vejo e revejo, desejo para sentir tudo que até agora me fez homem, risos, alegrias, mulheres, sexo, orgasmos e deleites sem fim.


.
by mghorta    ( Mamas Soltas )




Escolhas!


Escolhe tuas palavras,
esta é a ultima vez,
eu e tu nascemos para morrer.





27 de abril de 2015

De Novo!


Minha vida foi uma mentira
Baseada  em  segredos,
Amei, talvez sim talvez não
Surpresas, medo e desencanto.

Minha vida foi uma mentira

Aconteceu porque tinha acontecer
Fingimentos de paixões, morro
Expectativas de amores, desamor.

Minha vida foi uma mentira

Merda de vida, correu enredada
Vitórias nada, só desespero a preencheu
Surpresas, medo e desencanto.

Minha vida foi uma mentira

Coitado de mim, o outono aqui (morte)
Pobre vida a minha mentira
Dependente de risos, gestos e olhares.

by mghorta   (Mentira)



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