27 de março de 2015

Sou...


Sou mudo de prosa numa rima forçada,
com raiva nos dedos, preso e acorrentado,
senão houver nem poema nem arte,
ficam as palavras a iludir a verdade.

Segurando o verso, perco o verbo,
e a farsa disfarça... a farsa,
não me sinto se subo ou desço,
não quero sentir de novo, por isso me quedo.

Sinto-me pesado como a terra,
debaixo de um céu de segredo,
na cinzenta esfera, mais parece inferno,
não sou alto nem baixo, sou apenas degredos. 

by mghorta


22 de março de 2015

Baloiço dos sonhos.


No jardim de minha infância
um baloiço deixou lembranças,
lá ficaram os sonhos de menino,
balouçando fantasias de criança.

Em menino no baloiço cantava,
os sons se espalharam pelo jardim,
quanto mais o baloiço balançava,
mais alto cantava o menino.

O menino não falava de amores,
apenas brincava a balançar,
ia sorrindo para as flores,
e somente vivia a sonhar.

O menino deixou de ser criança,
não morreu dentro dele o menino,
queria de novo ter o baloiço que balança,
mas o baloiço já não está mais naquele jardim.

by mghorta


19 de março de 2015

Distância...


Por vezes o termo usado por homens e mulheres com dois dedos de testa, a distância é uma linguagem que jamais compreenderão por inteiro, aqui é que começa o âmago do problema quando se fala em despedidas e são simultaneamente ditas e ininterruptas, deixam uma dor no peito, sangue entre os dedos e um fogo indescritível.
O que começa como uma afectividade, acaba por se transformar numa necessidade indecifrável da alma.
Retornar ou voltar é sinónimo à partida, desta forma a partida é um pretexto para o regresso.
Colocando assim, ou aqui o problema desta forma simplificativa, partir é diferente de ir embora...

by mghorta


Tamanhos!!!



Uns assim e ouros assado, entre uma má_zinha e uma boa_zona apenas há diferença de tamanhos né?


Transparências...

É inútil que me trates com deselegância, que te escondas aos meus olhos, porque estarás sempre despida, completamente despida, eternamente nua.

by mghorta











Nada é como antes...


Desde a primeira vez que ela partiu,
sem deixar as marcas do seu batom,
nem sequer os aromas do seu perfume,
deixando-o sem rumo e na incerteza,
nem sequer o toque de suas mãos
e a sua silhueta se esfumou longe,
que mal ele teria feito para que tal
tivesse acontecido no tempo...
Não, não mo faças mais nunca.

by mghorta


Escolhas...



A  Vida  é  feita de  escolhas,
por tal vamos tentar acertar!!!

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