14 de fevereiro de 2015

Atordoado.


Neste espaço me esbarro,
sofrido com vida triste,
com faces me mascarando,
perdido escrevo como escravo.

Tossindo cuspo latência,
levando missão cumprida,
revelando a alma contida,
sentido pereço sem clemência.

Tropeço em gente demente,
contagiando minha pobre mente,
percorrendo trilhos fingindo,
vou andando com fé na Vida.

Sem bússola e sem semente,
atordoado prossigo prá frente,
mascarado é meu presente de Vida! 

by mghorta 

13 de fevereiro de 2015

Talvez...


Talvez tenha sido o acaso,
talvez a saudade,
talvez o sabor do beijo, 
talvez a vontade de um abraço, 
talvez aquele instante do desembarque,
talvez possamos ter mais momentos,
talvez voltaremos a estar juntos,
talvez o arrependimento,
talvez tenhas esquecido,
talvez retrocedas,
porque não outro talvez!

by  mghorta


Gentileza.


Tenho recebido poesias de minha amizade, com poemas que fazendo-me flutuar nas nuvens densas do sonho
Sinto-me bocejado com tanta gentileza para comigo, dado que até me apercebo dos dias, horas ou minutos que passam como locomotiva rápida.
Nos fragmentos da vidraça quebrada do meu coração, sinto o carinho da amizade nos trilhos de minhas veias, como que indagando até onde seguirá a carruagem de tanta gentileza.
Debruçado na janela do luar, mirando através da cortina a paisagem se estendo pelas colunas do possível, poesia de meninice  que se distinguem com o bater de asas dos amigos, fazendo com que meus pés perseguisse o futuro.
Na sombra do túnel vou escrevendo meu destino, sou escritor de alma de Outono frio, canto versos de folhas caídas, sinto saudade em tudo que é simples.
Sentindo-me homem, útil, amado, amigo, admirado, vou querendo ler sorrindo, mesmo que me sinta distante entre o destino e o silêncio, vou agradecendo a gentileza.

by mghorta


Esbarro-me!

 Esbarro-me na incerteza que me provoca angustia, meu velho coração tocado e melancólico trilha poeiras como que estivesse em estradas empoeiradas, nas capelas do dia a dia que abrigam bêbados e fulanos, presentes são coices de cavalo.

 Formando castelos em arreias movediças, tão frágeis que abrigam pessoas e setas.

 Preferindo querer que o céu me guie, dado que por estes trilhos só vejo turvos e pedras aguçadas como querendo me apunhalar de morte.

 Dado a imensidão do céu, certamente não iria tropeçar nas estrelas, porém tenho andado sobre trilhos, os mesmos que sonhando na opaca infância de menino.

 Adormecido no tempo, despontou a escrita em mim, nas flores procurei poesia, nas amizades recorri aos versos, no vinho os textos com anexo e desanexo, como que exilado num ajardinado espaço sem beija-flores.

 Com a frieza do infortúnio vou querendo aquecer sonhos, barrado nas veredas da ternura, da fé e do carinho escasso, como que dizendo o ditado: 'não há pão nem paz'.

 Morando em mim as quatro estações, nelas surgem os que querem me ver e os que outonal-mente espreitam-me através da fechadura aguardando o momento para a quedas das folhas, na sequência da frieza do Inverno, esbarrando-me em piratas ébrios como que navegasse em navio sem timoneiro, é como me sinto.

 Sem dramas vou acreditando na esperança, nela o Amor que poderá surgir em pleno, logo que se vá avistando a Primavera na poesia escrita.

 A minha história medíocre, sem anilar e apelar vou alinhavando Paz, sorrisos e respeito, semeando admiração pelos demais, formatando sonhos de Amor.

by mghorta



11 de fevereiro de 2015

Amália.



Essa voz que me encantou,
quando eu menina sonhava,
tem a magia que ficou,
Amália para mim cantava. 

Toda a cor do céu,
toda a água que tem o mar,
tudo em mim se confundiu,
quando te ouvi cantar.

Na voz o sabor do sal,
das lágrimas que são contidas,
no Fado escondes o mal,
das tuas dores sofridas.

Tua voz têm por magia,
misturar sentimentos
vendo na tristeza Alegria,
e no mal contentamentos.

Amália tu sabes bem
que o Amor é sofrido,
por isso cantas bem,
mesmo no Fado corrido.

Amália eterna serás,
por todo o bem que cantas-te,
no pedestal brilharás,
e sorrindo te verás,
julgando que ressuscitas-te.

Mtmartinho 1991


Hoje...



Percorri o meu caminho,
fiz compras e desloquei-me,
sento-me e não estou parado,
depois sinto-me como culpado,
culpa de não poder dar metade,
metade do meu andar meu amigo.

by mghorta


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...