16 de junho de 2016

Inferno!


Por falar em Inferno, tive visão do mesmo em mim, não porque apenas tivesse sonhado contigo, não foi acaso, corrijo o sonhar e poderei dizer que foi pesadelo, pesadelo do mais cruel que tivesse sonhado ou até mesmo vivido, só por ter falado em Inferno.
As imagens eram pintadas de uma dureza que até o mais cruel dos seres vivos tremeriam de medo, quanto mais eu um ser em que o sofrimento de tua ausência me tem causado, o efeito dessa visão infernal me causa angustia de uma forma tão cruel que me torno o mais sofrível ser vivo.
Como um thriller  curto e sistemático de horrores vivos, é o sonho que mesmo curto deixa-me como o mais rastejante ser humano num caos de sonhos constantes ir-realizados.
Não durmo, acordo e vejo paredes, nelas testemunham o meu choro silencioso de minha necessidade de saber que no Inferno que existe em mim não te tenho por companhia, mesmo que me espreites nos intervalos das ocorrência da vida, essas foram a nossa história e nela estamos ambos ardendo como almas penadas de um amor impossível.
Tudo o que fazias e não fazias, fosse comigo ou até mesmo sem mim, o amor-próprio que em mim existia, hoje apenas restam cinzas que a minha necessidade de sobrevivência tornou-se tão primitiva que nem aos deuses lembram.
As chamas deste Inferno são tão atrozes, que muitos poucos saberão dar o verdadeiro valor das mesmas, só porque em vez de sonhar fico com insónias ao saber que tu me negas o amor que tanto preciso, recusas me dar a cura da alma, a mesma que implora o amor que uma vez prometeste, o amor e promessas que se esgotaram no tempo curto da sobrevivência da história que nossos momentos formaram.
Passam luas, passam dias que o mesmo sonho já mais parece um filme sem fim, de tão repetitivo que ele é que não tem mais sentido em prosseguir em sonhar.
Cada vez que fecho os olhos e no mínimo consigo dormir, aprendo a lição de que mais vale um bom momento a sós, do que muitos dos momentos por nós vividos após tantos avanços e recuos que foram nossos entre todas as promessas que falámos.
Os opostos da natureza humana a isso nos escraviza, colocados em simultâneo plano da concretização é como que nos tornássemos os mais dos infelizes seres humanos ardendo no Inferno tenebroso e merdoso existente nos curtos sonhos que tenho contigo.
Entre estes momentos momentosos do Inferno literal, existe o bem e o mal, o anjo e o demónio, neles decide-se o caminho que por mim será seguido, não preciso me embrenhar na selva da vida para ser de novo testado com as imagens tenebrosa-mente pintadas das chamas do sofrimento cruel cada vez que sonho além de curta-metragem contigo, seja em casa, na cama, na rua, no passeio ou nas viagens pelos lugares por nós trilhados, chego ao ponto que prefiro o esquecimento baseado no teu silêncio.
É desta forma que concluo a visão do Inferno por mim vivido cada vez que penso ou sonho contigo!

by mghorta


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