29 de outubro de 2022

MourĂ”es 😎


SilĂȘncio e pedra, molho a alma qual o rio,
barco e remo, misterioso igual ao Tejo,
enchendo com as chuvas, pesco aos olhos veraneios
de um céu inteiro, que reflecte o Ribatejo.

Andei no tempo igual a ĂĄguas,
nada mais pelo tempo sei que meus silĂȘncios pensadores,
igual a tantos que remando anoitecido,
silĂȘncio e pedra um tanto mais que pescadores.

Alma do rio, dorme o cio de quem passou,
junto Ă  margem que me viu nascer,
silĂȘncio e medo, alma em cio, 
sabe o rio que em mim plantou,
ĂĄgua e vida que se escapam pelos dedos.

SilĂȘncio e pedra, molho a vida no meio do rio,
remo o barco, mais atento que um marujo,
temendo os ventos, sonho aos olhos veraneios
de um mundo inteiro remando no Tejo.

Andei no tempo igual Ă s ĂĄguas, nada mais
por tempo sei que os meus silĂȘncio pensadores,
igual a tantos que remando anoiteceram,
silĂȘncio e pedra um tanto mais que pescadores.

Alma e rio, dorme o cio que nele banhou
junto aos MourĂ”es que me viu, silĂȘncio e medo
alma em cio, sabe o rio que em mim plantou
ĂĄgua e vida que se escapam pelos dedos.

by mghorta


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