30 de maio de 2015

Abençoada Imperfeição.


Ouvi tantas promessas,
muitas que não cumpriram,
abençoada imperfeição,
pois nela segui sem direcção,
caminhos por mim traçados,
que chegarem ao meu coração,
final dos trilhos imperfeitos.

by mghorta


Fragrância das Flores.



Desejaria escrever coisas que não se esqueçam,
fosse com Sol, com chuva que façam brotar flores,
cheirar as mesmas e guardar a sua fragrância.

by mghorta


Confesso!


Porque não confessar esta noite,
certo que a noite e a rua comungam juntas,
e com elas eu desejo uma mulher,
cujo corpo é cheio de mistérios,
esse mesmo corpo que ela não me dá,
fico em pavor só de imaginar seu calor.

by mghorta 


27 de maio de 2015

Fado!


Com os seus olhares aveludados,
cruelmente incendiava corações,
seus seios hirtos como brasões.
onde tudo embolava em pecado.

Elegante, esbelta e porte moldurado,
nas rendas saliência de contornos,
seios simples, largos e mornos,
inebria com seu corpo perfumado.

No entanto tal como o Fado,
moldado pela natureza escrita,
esta mulher de beleza ímpar,
tonou-se pecadora vil, é o Fado!

by mghorta




Quase que Morro.



Preferia ter-te a meu lado ditosa,
escutar teu prazer em forma de gozo,
olhando teus sorrisos de forma amorosa,
igualando assim o gozo dos deuses vivos.

Na subtileza do fogo que corre nas minhas veias,
por minha carne profana ó suave criatura,
nos enleios doces de nossos rostos,
sentindo entre o áspero e ofegante respiro.

Na confusão enevoados de  olhares,
não ouço mais o que meu coração dita,
na palidez febril e sem ar no enlace,
quase que morro, eu tremo, fico medroso.

by mghorta


23 de maio de 2015

Milagre da Noite!



A noite é um milagre,
nela viajamos pela vasta
escuridão com vulnerabilidade,
num espaço imaginário e penetrável.
A vulnerabilidade é a escuridão,
e nela passamos livremente,
é assim o milagre da noite.

by mghorta


21 de maio de 2015

Como Eu Te Amo!



Eu te amo
oh, sim, eu te amo!
nem eu
Oh meu amor ...
como a onda irresoluto
Eu vou eu vou e eu venho
entre os vossos lombos
e eu
Eu lembro que eu te amo, eu te amo
oh, sim, eu te amo!
nem eu
Oh meu amor ...
você é a onda, minha ilha nua
você vai e você vem
entre meus rins
você vai e você vem
entre meus rins
e eu
... que eu te amo eu te amo
nem eu
Oh meu amor ...
como a onda irresoluto
Eu vou eu vou e eu venho
entre os vossos lombos
e eu
segurar
você vai e você vem
entre meus rins
você vai e você vem
entre meus rins
e eu
... que eu te amo eu te amo
oh, sim, eu te amo!
nem eu
Oh meu amor ...
O amor físico é sem esperança
Eu vou e venho
entre os vossos lombos
Eu vou e venho
e eu segurar
Não! não prendas
solta a veia de teu ser
em minha terra arrendada!
Vem...






Silêncio.




Viver até Morrer


Tempos Magros

Não encher o corpo de porcarias:
colesterol, gorduras, açúcar, álcool, Literatura, Escritas...

Fazer dieta para Viver até Morrer.

In Poemas postmodem


16 de maio de 2015

Paranóide!


Paranóia tem origem grega, e geralmente é usada no nosso dia-a-dia, baseada em actos praticados onde impera a desconfiança no que realmente está certo.

Qualquer paranóico baseia-se nas formas em que usa a sua personalidade, mas em certos aspectos, perde-se na separação entre a fantasia e a realidade.

Não é doença, é somente a existência de uma forte corrente interna que valida as desconfianças de tudo e de todos, independentemente do que está acontecendo em seu redor na vida real, este estado de estar tem reflexos em que pode até ferir os mais próximos, mesmo que não entenda isso, porque a Paranóide não é doença, mas sim um estado de estar, como também não é aconselhável porque arruína a pessoa ao ponto do isolamento.

Formas comuns da Paranóia:
  • Desconfiança ininterrupta - a pessoa espera sempre que alguém a trama algo contra ela, ou defende que outros vivem só para a prejudicar, aqui arranja sempre argumentos mesmo que pequenos para construir essa desconfiança.

  • Hipersensibilidade - mesmo que sabendo que está insegura, a pessoa não quer aceitar críticas mesmo que sejam construtivas, ofendem-se com muita facilidade, perdem a cabeça, são muito reactivas, isto porque a falsa necessidade de se defenderem de tudo e de todos.

  • Falta de afectividade - dado que não confiam, procuram em não se envolver com alguém, seus relacionamentos são de curta duração, já que facilmente se sentem que são enganados. Desta forma arranjam sempre maneira de atirar as culpas para os outros.

A Paranóia pode de certo jeito até se mostrar de forma discreta, tenta não afectar as adaptações sociais da pessoa, mas coisinhas pequenas como pensar que todos falam da pessoa, ou que ele traí a esposa ou companheira é comum na Paranóide.
Pode-se até se manifestar como distúrbios delirantes, esquizofrenia Paranóide com grande perda na adaptação social e na falta da realidade dos demais em seu redor.

Não sendo doença, tem tratamento - com uso de anti-psicóticos e com psicoterapia. O pior disto tudo é que a pessoa não procura ajuda, uma vez que pensa não estar errada.

''Essa obsessão de chegar...
o terror de não vir a ser o que se pensa...

Esse eterno pensar nas coisas eternas,
que não duram mais que um dia...

A tortura à procura da essência,
o barulho aterroriza, tranca, lacra o peito...''





14 de maio de 2015

Sem Exemplo.


Minha vida é um contraste, cheia de versos sem rimas, cheio de textos soltos, os versos que poderiam soletrar ou até mesmo rimar com sentidos, não fala de amor mas bate na tecla do desamor.

Tal e qual como na poesia, não existe regras para escrever, muito menos para viver.

Traduzo o hoje sem sílabas rimadas,  posso dizer que o meu presente rima com tristeza ou ausência. 

No entanto, olhando bem a estrofe, posso afirmar que o futuro rima com Incógnita.

Escrevo muito mal, pessimamente mau, mas as rimas que componho, faço-as ao meu jeito e faço o que me convém, porque não quero enganar o leitor, faço até esforço para os agradar em completo, com ou sem regras, crio-as com desapego, até que de certa forma o poema se repetirá, mas quem é  que não enfatiza?

O que procuro? Uma rima ou poema real, ilusório eu componho só o que vivo?

Imagine-se no que escrevo, é essa razão porque escrevo, o poema  é composto por belezas, sentimentos e afins, na linha do texto finda com rima.

Tem sempre uma razão para escrever, aquilo que buscamos hoje, poderá ser uma rima, mesmo que não seja coerente, sem harmonia ou mesmo sem gosto musical, incoerente, desconexa, misturada, tudo tem o sentido prático, o presente, o futuro.

Não ficar ausente em tudo o que escrevo, é valorizar cada palavra, mesmo que seja mudada, o sentido será sempre o mesmo, dedicar mais tempo ao que sonho, caso o verso não seja de agrado, muda-se a rima, se a rima não satisfaz, procura-se nota musical.

Não servindo para exemplo, desta forma vivo mais tempo em desamor, bem vivo e sem rimar, e absurdamente desconectado quanto ao futuro.

by mghorta


Maduro.


Uma constante na vida, e por muitas e diversas vezes, é a questão amadurecer, e sempre que leio ou penso nisso, a primeira imagem que me surge na frente é a fruta verde.

Mesmo que ainda não esteja pronta para consumir, mordiscar ou comer, até que na sua formação seja apetitosa aos olhos, eu aguardo pelo seu tempo, tudo a seu tempo como a natureza manda.

Neste contexto existem os apressados, inventam formas para que tal aconteça o mais rápido para consumir ao seu jeito ou agrado, mas a mim ensinaram em certo tempo para esperar pelas épocas, estou falando de fruta.

Também me ensinaram se enrolar em jornal batata doce, assim ela fica madura mais rápido, para agrado meu a comer.

Tal e qual como acontece com a vida, cursar nela tem os seus pontos altos e baixos, bem como exige tempo, tal e qual como a natureza, o homem cria meios e hábitos para que amadureça no seu tempo ou o mais rápido possível.

Também tem a forma lenta, nessa maneira vamos sendo notados como lentos a tomar as nossas decisões, e como existe a máxima; ''a pressa é inimiga da perfeição'', eu aprendi que amadurecer tem a sua fase oculta, reparem bem:

AMAR_DURO_SER

O crescimento tem fórmulas de  acontecer, pelo Amor natural ou pela Dor, aqui será completamente impossível estar em ambos lados, sem dor não existe amadurecimento, e quem apressa isso, incorre no erro de ficar só, triste e abandonado a um canto como cão danado, porque amar em excessos, tem sofrimento, dor, aprendizagem e repreensões.

Somos sempre aprendizes ao longo da vida, portanto em questão de Amor, as fórmulas não se vendem em lojas de utensílios, como também não se encontra a dar uma topada num paralelo da calçada.

Como amadurecer, sendo ele por si um processo próprio, individual e universal, não serão outros que nos possam incutir maneiras de apressar, assim é como amar, tudo a seu tempo virá.

Desta maneira, vi que amadureci quando abri mão de alguém para que essa mesma fosse feliz ao seu jeito, tombei as vezes suficientes como me levantei, e tu aconteceu a seu tempo.

Também aprendi que amadurecer é guardar a dor, dores quando amigos se nos acercam para pedir um abraço, é compreender que o mundo não gira em meu redor, tudo tem o seu propósito na vida e a seu tempo.

Aprendi que os sentimentos envolvem muito mais que desejar amar, tem que ter respeito pelos actos que fazemos, sendo lentos ou apressados, mesmo que no trajecto eu tenha tombos, é erguer e sorrir como que pedindo desculpas pelos erros no percurso do tempo em que passei a ser maduro.

Assim, eu estou maduro, tanto na dor como no amor, mas isso não quer dizer que aqui esteja patente as fórmulas a seguir.

Por fim, nunca queira colher as frutas antes do seu tempo, o que tiver que acontecer, acontecerá no seu devido tempo, desta forma, todos vivemos o dilema,  nunca queiramos estar sós.

Como o tempo corre desenfreadamente, aproveite todos os momentos e olhando para trás, eu diria;
''Faria tudo precisamente da mesmo forma que fiz...''

Estar maduro é um processo universal que passa por um processo único que é amadurecer, neste aprendemos e erramos, errar e amar sempre valeu a pena.
Fique maduro a seu tempo.

by mghorta


11 de maio de 2015

Nada Como o Tempo.



Com o tempo, vais perceber que para ser feliz com outra pessoa, precisas em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebes também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer contigo, definitivamente não é o 'alguém' da sua vida.

Aprendes a gostar de ti próprio, a cuidar de ti mesmo, a gostar de quem também gosta de ti.

O segredo é não correr atrás de borboletas, é cuidar do jardim para que ela poisem.

No final de contas, tu vais achar não quem estavas procurando, mas quem estava te procurando!

by mghorta  (Mamas à Solta )


Meu Tempo.


O que mais desejo, é nunca atropelar o Tempo, porque foi com ele que aprendi amar, dado que amar é coisa de corajosos, vejo-me apegado às coisas, e nelas encontrei pessoas que despertaram em mim mais que o simples carinho da amizade, é dado concreto não querer morrer atropelado pelo Meu Tempo!

by mghorta





Nosso Amor!


Palavras para quê, se passamos os tempos a tropeçar nelas, se vão com o vento, e se apagam no areal levadas pelas ondas mansas, conjuntamente se apagam com o tempo...

Nada ficou provado, palavras anestesiantes, com beleza mas inebriantes, por outras vezes hesitantes que nem tomam peso nem medida.

Palavras que com o tempo só deram em dor, saudade, só causaram ausência do nosso Amor, palavras que disseram tudo, de madrugada ou de dia, foram loucas e perdidas, de essência nada ficou, apenas história para recordar.

Quero poucas palavras, muito poucas mesmo e com o silêncio das mesmas só se fale do nosso Amor, mesmo que nada digas.

by mghorta




O Encontro.


Vem, vem me provocar com toda a tua sensualidade, deitado fico observando teu show em que me provocas lentamente, tira deliciosamente tua lingerie, provoca-me até ficar louco, louco com teu charme de sedução meu amor. 

 

10 de maio de 2015

Perdi...



De tudo e de todos, por onde passei e segui, hoje dou  comigo a fazer contas às marcas dos tombos que levei pela vida.

Perdi tempo tentando querendo ser o que outros desejariam que fosse, neste trajecto perdi sonhos que apenas eu sei.

Com que sentido?

Por fim e por nada, tudo que fiz foi vão, não me surpreendi, apenas perdi, fiquei frio, caí na obscuridade da vida, na solidão fiquei vazio.

Já tentei fazer contas ao que perdi, tentei mas caí na mentira, talvez seja melhor aproveitar o que tenho em mãos, olhar de frente e conquistar o que me resta, amizade e o carinho de tomar um café com alguém donde nada me prometeu mas tenho a certeza de que não sairei magoado.

by mghorta





Ébrio de Amor.


Suplico que abuses de mim,
ateia-me com teu fogo,
sei de cor teus trilhos,
como que as unhas na minha pele,
delineia-te em gemidos,
percorre-me em todos os ângulos,
quero sentir-te em todos os sentidos.

Mordes, gosto de tudo que é teu,
as que dói-em e as que não se sentem,
as que te dou e as que nos surpreendem.

Entre suspiros e risos,
fome de pele nua,
sede de teus abraços,
deixa tudo e vem,
mata de um trago
a sede de um ébrio de amor.

by mghorta



De Preto e branco


9 de maio de 2015

Silêncio!


O mundo que vivo não me acolhe a alma, sinto ausência em mim de ar, falta-me a coragem de partir e não mais voltar.

O que vês em meus olhos já não demonstram o que sou interiormente, disfarço-me em rostos que se figuram no amanhã, nas vozes repetitivas que lembram as lembranças com saudade, talvez de coisas que nem sequer existiram e passaram ao silêncio. ..

by mghorta


Meu Companheiro, Amigo Vento!


Poderoso, imprevisível, imprescindível, fala-se muito de ti, sentir-te, mas não te vendo, de que és feito tu ó Vento?




Livre, solto, liberto vais expondo a tua fúria, acariciando os amados quando passas sereno, vais onde queres, levas quem queres, mesmo não te vendo, nem mesmo te pegar, és meu companheiro Vento, aqui ou acolá, ora perto ou longe mim amigo...

by mghorta


Porto Abrigo.


Não quero nem exijo muito,
quero alguém que me ame,
não levianamente,
saber do que gosto,
ouvir o que digo,
ler o que leio,
pensar o que penso,
comer o que como.

Preciso que me complementes,

me ajudares a caminhar, 
ser meu ombro amigo,
ser meu porto abrigo,
ser o meu amor,
que mais vou querer da vida,
além da paz, 
olhar esta pessoa adormecida!!!

by mghorta   


De Preto e branco

Que eu Nunca...


Que eu nunca perda a vontade de viver, mesmo sabendo que a vida, em muitas ocasiões dolorosa e de sofrimento intenso.

Que eu nunca perca a vontade de Amar, mesmo sabendo de antemão que a pessoa a quem amo, possa não sentir o mesmo que eu sinto, sabendo eu que o sentimento dela não seja tão decisivo como o meu.

Que eu nunca perca a vontade de ser grande, sabendo eu que o Mundo seja tão pequeno.

Estupidamente feliz.
Não, não me interpretem mal por o dizer, porque é essa a minha vontade de viver escandalosamente e intensamente!

Nasci com a sina de ser feliz, é o meu desatino do dia-a-dia, mas sei que por vezes piso o risco, exagero-me, meto os pés pela cabeça com as minhas actuações, mas isso são reflexos de querer amar muito, a necessidade de ser amado, é aqui que a Vida aborta e me faz perder estribeiras, reajo mal e saio do sério!

É duro, eu sei, mas é esse o meu jeito de ver as coisas, e são estas mutações que moram em mim.

Poderão me chamar de louco, mas nada tenho acrescentar a tudo isto, sou feliz assim!

Dado que aprendi a ser assim, pouco sei lidar com as regras do coração, tomo por vezes excessiva liberdade com meus movimentos, mas nada disso me fará desculpar de ser quem sou, percorro os caminhos e trilhos de cabeça erguida e com toda a transparência possível.

Que eu nunca perca a vontade de ser estupidamente orgulhoso por este atrevimento de mostrar a minha maneira de ser, fica aqui o registo de que eu nunca perca esta essência De Ser quem Sou.

by mghorta


8 de maio de 2015

Cheiros.


Se o outro for bom para ti, se te der vontade de viver sem mim, se o cheiro do suor do outro também for bom, se todos os cheiros do outro forem bons. Os pés ao fim do dia, a boca de manhã cedo, bons ou normais, comuns aos mortais, coisa de pessoas. 
Cheiros íntimos, secretos, ninguém saberia deles se não enfiasse as narinas lá dentro, a língua bem dentro de sua boca, bem dentro no fundo das carnes, no epicentro dos cheiros, se tudo isso que tu poderás achar nojento for exactamente a que se chama de Amor?

by mghorta


Elementos da Vida.




Certezas.




Vontade de Viver.



'' Morremos quando não há mais ninguém por quem tenhamos vontade de Viver ''.


Henry de Montherlant     (Vontade de Viver)


Marcas!



Tem quem faça marcas na pele, outros na alma, mas as minhas tatuagens ficam com marcas no corpo e no tempo, marcas ficam sem precisar de estarem fisicamente visíveis...

São momentos, gestos, caricias, beijos, amassos, gozo, orgasmos que ficam gravados para sempre na memória, no coração, no corpo e na alma.

Tem pessoas que permanecerão para sempre dentro de mim, haverá o cheiro do perfume que senti ao beijar o peito de G, a cor vermelha da intimidade de M que usou naquela menage, o vinho de F que derramou em minha boca e bebeu no meu sexo, a música que ouvi quando trepei em C...

A lembrança está no sabor do gozo da primeira viagem, teve tanto de proibido, tanto de perigoso como de delicioso.

Marcadas na memória de promessas virtuais com orgasmos em simultâneo que nunca aconteceram no real.

Marcado eu fui pela velocidade, intensidade, cumplicidade, afinidade (ou falta dela), das cores, do sabor, do calor, dos cheiros sexuados, das texturas e das vozes, tudo ficou marcado em mim.

Marcas antigas, bem como marcas novas, a dois, tão inesquecível o desejo constante como que gritando por um novo estilo de marcação como que desejando mudar de vida, e assim a vida nos prega rasteiras e marca o que não é opção, mas sim um desejo de coração.

Fica sempre o desejo de uma nova marca, que fique expressa fisicamente no que a alma já possuiu gravada para sempre, com isso fico gravado sem duvidas, sem medos, definitivamente inteiro e sem retorno.

Folheio tuas Fotos!


Estou...
incessantemente revendo tuas fotos,
não encontro motivos para o deixar fazer,
tento as vestir com cores,
as quais procuro em jardins floridos.

Cansei...

porque a saudade é mordaz,
nós de garganta e pulsos cerrados,
em cada rosto transeunte da rua,
imagino-te sorrindo para mim.

Por fim...

viajo no mundo sem destino,
carrego o peso de momentos,
folheio tuas fotos,
em tons de saudade per-mutante.

by mghorta  (escrito em 12/12/2013)


Sombras do Passado...




... é o que resta de mim,

não posso fugir do real,
sinto medo quando me revejo,
preciso hoje de um ombro,
queria tanto partilhar minhas sombras.

Minha irreverência continua presente,
as sombras me perseguem,
por mais que fuja das mesmas,
mais me incompleto,
ouço murmúrios de dores,
o infinito mistério me confunde,
a noite reforça maldosamente meu passado,
no silêncio recordo momentos,
são revelados profundos segredos,
transformam meus sonhos em pecado.
não adianta fugir para longe,
elas me perseguem ferozmente,
fazendo-me regressar ao passado.

by mghorta  (escrito em Março 2014)



Detalhes...


Não adianta nem tentar me esquecer,
durante muito tempo em sua Vida eu vou viver.

Detalhes tão pequenos de nós dois,
são coisa muito grandes para esquecer
e a toda hora vão estar presentes,
você vai ver...





Amarras


.

Escreveram os poetas em tempos remotos que a vida é a arte dos encontros, no entanto não contavam também que nos entre-tantos haveriam muitos desencontros.
Falando por mim e por ti, somos motivos de tantos desencontros, não te tenho encontrado mas não deixo de ler e reler teus apelos chamando por mim minha querida.
Mas nada é por acaso, motivos de sobra existem em nossos desencontros, os teus e os meus são amarras que nos estorvam e sabes bem que tanto eu quero que os laços intermitentes a existência presa que os momentos soltos de nossos encontros são de sobra magistrais  para que possamos suscitar, aaaiiiiiiiiii Amor por onde andas que não te encontro?
Na certeza porém, eu sei que te amo e sei também que tu me amas, somos livres nos laços que nos uniu momentaneamente e disso temos a certeza de quando nos nossos desencontros mais fortalece a vontade de quando voltarmos ao encontro vamos extravasar as nossas loucuras, soltar os impulsos que nos une e matar a solidão envoltos em abraços e caricias sem fim e soltar os aiiiii'ssss não de tristeza mas de muito prazer e gozo em que os nossos corpos serão o mote circunstancial dos amantes.
Ai Amor, até breve encontro!

by mghorta  (Ai Amor, até breve.)




De Preto e branco

7 de maio de 2015

Abraça-me.


No teu abraço ouço o vento que emana da tua pele, nele sinto o nascer do Sol do intenso calor dos nossos corpos, na fragrância de teu perfume existe a força de um relâmpago feliz, nos frutos que foram colhidos na palidez de teu rosto, em que os caminhos cruzados nos levam a morder para provar o sabor que tem a carne incandescente dos nossos abraços.

No teu abraço visto o meu corpo no teu, para eu em ti possa buscar o sentido do sentidos, o verdadeiro sentido que a Vida nos proporciona.

Abraça-me, porque com ele quero morrer te sentindo tu em mim, amarrado espevitadamente de Amor, nele bebo a água de teus beijos, para que possa levar comigo a memória e a saudade, só essa água fará reconhecer o mais infinito, o mais intenso Amor do universo, e quero dele ficar a saber entre os astros, as estrelas mais brilhantes que eternizam os céus para os amantes.

Abraça-me por favor, nem que seja só mais uma vez, uma vez para que eu saiba se realmente tu existes.

by mghorta


Cacos da Sociedade.




"Não é Oriental o fascínio pela jogatina vaidosa na disputa das mais inseguras ilusões, sempre ameaçadas por solidões desgastantes, sempre vivendo ansiedades competitivas, vazias, ocas, e, por fim, descartáveis.

Não é Oriental essa encenação do gosto imediato pelo consumo das futilidades, de costume governado por fetiches. Esse teatro onde todos são meros objetos de todos. Onde os corpos são somente coisas, montes de carne retalhados, assustados, esfomeados e antropófagos, esses medrosos bonecos de carne. Isso não é nada Oriental.

Não vêm do Oriente essas imaturas necessidades de afirmação que são filhas do medo e da baixa estima. Esse espectáculo tragicómico, reprimido, carente e canibal, infantilizado e covarde, circo ridículo de engolidores de porra, beatos em suas devoções ao falo fedido do macho patriarcal, mundo superficial e farsesco, esse mundo das vidas exibidas nos açougues do mercado modelo das tortas avenidas da cidade gay.

Cidade em que predomina a vida virtual, desindividualização, com a vida real consumida numa fogueira de vaidades mascaradas. Cidade onde a imagem da vida consumida se mostra através de labirintos de espelhos fragmentados em mil cacos, no que ninguém se enxerga e todos vivem posturas, gestos e gostos programados, seduzidos pelo poder dos cacetes e, tantas vezes, ansiosos por duras cacetadas. Terra de escravos do desejo que sequer sabem ou sentem ao certo e com segurança o que desejam. Terra onde ninguém é alguém. E todos vivem posando de pobres coitados.

Cidade onde todos acordam e vão dormir sempre com a mesma fome que nunca conseguem saciar. Onde todos sempre procuram e jamais encontram o que procuram, porque, perdidos de si mesmos, não conseguem jamais sentir o que desejam encontrar e, os que encontram, descartam o que encontraram, viciados na procura eterna, vitimados por suas permanentes desatinações e infelicidades, com rancor da vida que sentem como que condenados a viver, enquanto macaqueiam suas risadinhas histéricas, mediadas por suas dissimulações.

Terra onde a história que se vive é uma história de desgastes, descartes e perdas. Onde tudo é sempre nada, porque é sempre o que vai embora e o que foi, sendo obra de identidades que anseiam se desconstruir, na medida de seus desagrados consigo mesmas. Nesse império de tanto auto-desagrado, jamais se busca uma realidade que enriqueça a realidade que se vive. Jamais se pretende um percurso de vida empenhado na valorização da existência pelo auto-conhecimento. E, assim sendo, tudo se torna mero circo promíscuo e tanático, onde energias se consomem, como se a existência se resumisse a ser um exibido e vulgar baile de máscaras. Terra onde tudo não passa de uma triste ânsia da morte do que acontece, pois nada se vive, senão o usufruto de uma vida virtual, em que sujeitos tornam-se objectos uns dos outros, em suas existências emocionais aprisionadas na infância e, quando além dessa infantilização, contidas numa insegura adolescência eterna.

Perversa cidade de acovardados e abandalhados peter-pans, que, invertidos na consciência de suas realidades, vivem o frisson de se imaginarem astutos. Império da noite eterna, onde poucos se salvam. E os que não se salvam permanecem cegos pela escuridão dessa noite, vagando de pica em pica ou de bunda em bunda, sempre desconstruindo suas histórias de vida, guiados por desgostos consigo mesmos, sempre morrendo ou matando a cada encontro, no triste e contínuo velório da cidade em que habitam.

Não é Oriental, esse império dos sentidos centrado na genitália e na analidade. Nada disso tem a ver com a elegância da harmonia do Tao, com a ordem criadora do Confucionismo, com a alegria revitalizadora do Xintô, com a tranquilidade do Budismo, muito menos com o prazer do Tantra hinduísta. E, se posturas, gestos, procedimentos semelhantes, hoje, tb, ocorrem na sociedade oriental, se dão como resultado da ocidentalização do Oriente, fruto da decadência dos mais significativos valores da história cultural das sociedades orientais.

Assim como essas posturas, gestos e procedimentos ocidentais são expressões de decadência dos mais iluminados valores da história cultural do Ocidente. (Vale observar que tais decadentismos culturais do consumismo dos corpos, no presente estágio histórico neo-liberal da economia das relações interpessoais, não acontecem de modo tão diverso na dita cidade hétero, ainda que seus habitantes adequados compartilhem do mando e do desmando do agitado e arrogante mercado falocrata do sexo, na grande Polis, todos os dias e todas as noites vagando tensos e acelerados de pica em vagina ou de vagina em pica, com todos os lugares de vivência, trabalho e lazer para eles, com o mundo inteiro para eles, assim, nos seus modos, despidos da necessidade agravante e desfeliz dos guetos que tanto deformam e oprimem ainda mais a vida conforme desvivida na cidade gay.)

Decadentismos que precisam ser superados, a favor da predominância de renovados valores significativos que tenham como norte criador o afeto, a felicidade, o prazer da vida viva nas relações interpessoais, no interior do ecossistema social do quotidiano planetário, sem nos importarmos com as semelhanças ou diferenças de raça, etnia, religião ou sexo, na liberdade de aproximação e união afetiva dos indivíduos. "




Sodomia segundo Goia

Cacos!


'' Quanta saudade mora entre um amor e outro,
quanto de nós perdemos quando decidimos partir,
quanto tempo demora a cura de um coração ferido,
quanta força e vontade precisamos para colar os cacos da Vida''?

by mghorta  (Cacos da Vida)


5 de maio de 2015

Enfim...


Desdito tempo que não pára,
sou forte, sou fraco,
o tempo não pára,
entre avanços e recuos,
o tempo não pára,
se algo faço, logo erro,
se falo digo asneiras,
o tempo não pára,
entre registos e rascunhos,
o tempo não pára,.

Enfim...
começo a ver o futuro repetido,
e não é isso que quero para ser feliz,
e o desdito tempo,
esse tempo não pára.

by mghorta


Ris-te de Mim?


Ris-te de mim?
Não me importo,
rir não faz mal a ninguém,
teu rir é tão engraçado,
que...
quando faz mal,
tem efeitos para o bem,
mas não me tomes por palhaço.

by mghorta  (citando Pessoa)


Só Eu não sei quem Sou...



Pela certeza, já não sei quem sou,

calculei me avaliar,
nem sempre encontro um sorriso,
meu paraíso é louco,
toda a gente cria conceitos,
só eu já não sei quem sou.

Meninas, bruxas e fadas,

pareço palhaço mas visto-me de homem,
contar piadas é meu lema,
sonhos ficam dentro do meu travesseiro.

Pela certeza, já não sei quem sou,

calculei me avaliar,
nem sempre encontro um sorriso,
meu paraíso é louco,
toda a gente cria conceitos,
só eu já não sei quem sou.

Pergunto o que existe para lá da vida,

de onde vim e para onde vou,
deve ter uma saída para tudo,
na verdade ninguém o sabe,
porque não sabem o que é a vida.

Idosos são como crianças faz tempo,

com água e farinha se fazem tolos,
esmola é palavrão comum,
tambor em meu peito faz batuque no meu coração.

Pela certeza, já não sei quem sou,

calculei me avaliar,
nem sempre encontro um sorriso,
meu paraíso é louco,
toda a gente cria conceitos,
só eu já não sei quem sou.

Olho no espelho e vejo,

quando choro, 
um olho sorri outro lacrimeja,
tem loucos saltando à corda,
tem corpos pegando doenças,
todos trepam menos eu,
muito sentem ausência.

Meninas, bruxas e fadas,

pareço palhaço mas visto-me de homem,
contar piadas é meu lema,
sonhos ficam dentro do meu travesseiro,
só eu já não sei quem sou.

by mghorta   ( escrito aos 6 de Março do ano 2014 )



Sou um Palhaço!


Tristeza não é meu lema,
e ao me levantar hoje,
faço questão de olhar no espelho,
pois quero ver o sentimento
de meu passeio durante o dia.

Se por qualquer motivo errar,

posso mudar o sentido
de aquilo que vou desejar.

Não posso me vestir de palhaço,

porque a tristeza não é meu lema,
poder te olhar alto a baixo,
é meu desejo para este dia.
.
by mghorta     (escrito em 27/11/2013)


4 de maio de 2015

Prisioneiros.


A noite dorme, corações descansam, tal como prisioneiros, somos nós quando fingimos que dormimos.
Se nossas almas gritam, porque se calamos no silêncio da noite?
Perturbados e inacabados pelos sonhos, suplicando desejos em gemidos disfarçados, são como desamor na noite calada!
É preciso paz para suportar a dimensão de um adeus, é o semblante de um rosto marcado pelas amarguras do dia, rosto ou rostos que ninguém os vê ou tão pouco procura os entender, são rostos puros que nem sequer ousam confessar o sofrimento marcado nas faces, rostos que adormecem irrequietos, incompletos e sofridos que apenas dormem para não incomodar o silêncio da noite!

by mghorta


3 de maio de 2015

Mãe.


Mãe não se prenuncia de forma banal, são sentimentos, pensamentos, actos e palavras sementes que pelo longo do tempo foram plantadas, Mãe palavra tão forte e especial e cheia de significados.

É a razão da participação da vida de um filho, atitude pró-activa, coração aberto e responsável, sejam com laços de sangue ou não...

Estar presente constante, sintonia perfeita, alma encontrada com conexão espiritual, apoio, carinho e Amor...

Mão segura, ombro amigo e lágrimas de pura emoção, não tem dinheiro que compre o sorriso da confiança, do carinho e do abraço de uma Mãe.

A vida é um instante, e por vezes acordamos tarde demais, com tristeza em demasia, e tem momentos especiais que se perdem num instante.

Ser Mãe é praticar o Amor incondicional e perdoar no momento certo, é vibrar a cada conquista de seu filho, é dialogar.

Porém terá que deixar para trás as tentativas que foram erro, ter a coragem suficiente para expressar sentimentos e as emoções do que foi certo, dizer alto e sem medo: 'Eu te amo meu filho!'

Poderei não ter dito as vezes suficientes: 'Eu te amo minha mãe!'

Este dia que é o dia da Mãe, que por muitas vezes mudaram o sentido exacto da data, para mim é mais um marco de recordação, recordar não por te ter a meu lado Mãe, mas lembrar que um dia tu foste família, amor, força, energia e união.

Herdei de ti a coragem, a força, o amor e a energia para lutar, lutar com o que me corre pelas veias em todos os momentos, é por isso que te recordarei em todos momentos, dias e anos até que viva, seja a data memorial ou seja quando choro, porque é neles (momentos) que sinto a tua presença, as tuas palavras, o teu carinho e o conforto a que me acostumaste Mãe.

Aprendi com  o tempo que o sofrimento melhorou-me, e com essa aprendizagem vou sorrindo, porque um sorriso sincero é melhor que muitas palavras...

Cada dia que viva, bem ou mal, vou conhecendo mais pessoas, umas que me tocam e outras que me decepam, mas será com elas que irei conviver sem a tua ajuda, teu conselho, teu carinho e Amor, mas olhando ao alto eu te vejo me protegendo, me cuidando como que um anjo, pois quando partiste da vida terrena te tornaste um anjo para mim.

Para terminar, não existe marcos, nem datas para expressar o que sinto por ti Mãe, OBRIGADO.

by mghorta


Acontece!


Os acontecimentos não efectuados,
tendem  adormecer em qualquer canto.
Visto-me de reticências,
debruço-me no acaso,
testemunhado o mundo girar.
Tudo inacabado tem por norma,
retornar ao ponto de partida.
Escolhas encolhem-se,
de certa forma alargam-se,
tudo perante as surpresas.
Decisões, essas são certezas
como também incertezas,
dependendo da porta de partida,
porventura já alguém bateu,
sem saber entrar!!!

''É na correnteza da Vida que a é onda vira mar''.

by mghorta




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