24 de setembro de 2014

Triste Outono.



Se estou feliz por me sentir melhor de saúde, não obstante significa que me livro da tristeza e do desesperante ano que tanto me atormenta bem como o Outono que entra.

O começar acreditar na morte como solução de todos os males, acreditando aperceber-me da excitação que a poesia causa  nas pessoas cultas na aproximação do Outono, vejo-me obrigado a sentir na pele que meu Outono é somente reflexos de dores e o começar de perda dos tempos que me poderiam ter certa utilidade em meus acontecimentos práticos dos quais não consigo sequer rever melhoras nem perspectivar resultados que me possam conferir melhoras.

As pessoas acostumam-se ao decorrer do processo das estações para de uma forma ou outra, fazer paragem de algumas práticas, descansar, passear, correr, viajar, e até mesmo morrer (sentido figurativo) e de novo nascer.

Na teoria a ideia de morrer para nascer de novo, é uma maneira ou solução que poderemos encontrar precisamente para a solução de muitos problemas, mas para que isso tenha sentido, será necessário acreditar em algo e no fim aceitar todas as condições que a crença nos possa determinar ou obrigar.

Esta descrição que faço do meu outono, não passa por ser um confissão de minhas supostas fraquezas. Foi aqui que encontrei o papel de parede para o descrever porque sinto medo e até mesmo vergonha de falar abertamente para quem comigo convive ou até mesmo seja cúmplice de meus momentos menos sãos ou claros em que não consigo empurrar as dificuldades que se avizinham como o Inverno estando perto e ao longe vislumbrar a Primavera com o desembrulhar de acontecimentos que de alguma forma me traga de novo o sorriso e a esperança de que ainda possa dizer que a queda das folhas outonais não são mais que um desenrolar sistemático da minha tristeza.

Sou mortal, nasci e morrerei, ao pó voltarei...
... por favor alivia a minha dor.



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